Semana teve foco em Powell e na agenda doméstica

A semana que se encerrou na última sexta-feira (24) foi marcada pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, na quinta-feira (23), e por uma jornada reduzida em Wall Street na sexta, o que acabou reduzindo a liquidez dos mercados globais.

Lá fora, a agenda também não contribuiu, com poucos indicadores relevantes sendo divulgados.

A exceção ficou para a divulgação das atas do Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, e do Banco Central Europeu.

Com relação ao FED, o documento teve tom mais duro do que o esperado pelos especialistas, indicando que a taxa de juros norte-americana deve permanecer elevada por um bom tempo.

Já com relação à ata do BCE, o tom foi mais leve, com a autoridade monetária da Zona do Euro se mostrando mais preocupada com a economia do bloco do que com a inflação, o que deixou claro para os especialistas que novos aumentos na taxa de juros estão descartados por enquanto.

Dessa forma, os mercados tiveram performance mista, enquanto o dólar continuou a enfraquecer perante as principais moedas globais, com o investidor mantendo o bom humor com relação à manutenção da taxa de juros norte-americana.

Por outro lado, por aqui, a semana foi cheia de destaques.

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A principal delas foi o veto integral do presidente Lula ao projeto que estendia a desoneração da folha de pagamento aos 17 setores da economia que mais contratam até 2027.

Ainda que o movimento tenha sido visto como um claro aceno à equipe econômica e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na busca pela meta fiscal de déficit zero do ano que vem, ela gerou cautela no mercado, que esperou (e acertou) uma reação bastante negativa dos parlamentares.

Além disso, a expectativa em torno da aprovação do PL que altera a taxação dos fundos exclusivos e offshores, bem como as tensões em torno da Petrobras, com receios de mudança na presidência e a divulgação do plano estratégico para o quinquênio 2024-2028 também foram destaque.

Brasil

🇧🇷 Ibovespa: 125.517,27 (+0,60%)

🇺🇸 Dólar: R$4,8990 (-0,13%)

🇪🇺 Euro: R$5,3612 (+0,19%)

Estados Unidos

🇺🇸 Nasdaq: 14.250,86 (-0,11%)

🇺🇸 S&P 500: 4.559,34 (+1,00%)

🇺🇸 Dow J.: 35.390,15 (+1,27%)

Europa

🇬🇧 FTSE 100: 7.488,20 (-0,21%)

🇪🇺 Stoxx 50: 4.372,95 (+0,74%)

🇩🇪 DAX: 16.029,49 (+0,69%)

Ásia & Pacífico

🇯🇵 Nikkei 225: 33.625,53 (+0,12%)

🇨🇳 Shanghai: 3.040,97 (+0,07%)

🇨🇳 SZSE: 9.839,52 (-1,40%)

Dólar

🌎 Índice Dólar: 103,285 (-0,49%)

🇪🇺 Euro: 0,9140 (-0,27%)

🇬🇧 Libra: 0,8181 (-1,11%)

Commodities

🛢️ Brent: US$80,48 (-0,16%)

🪨 Minério: US$137,80 (+4,78%)

🥇 Ouro: US$1.939,95 (+0,96%)


Ata do FED corrobora perspectiva “higher for longer” e não cita eventuais cortes na taxa de juros dos Estados Unidos

O Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, divulgou, na tarde desta terça-feira (21), a ata da última reunião do seu comitê de política monetária (FOMC, na sigla em inglês), realizada no começo deste mês.

Na ocasião, os membros do comitê optaram por manter a taxa de juros norte-americana inalterada pela segunda vez consecutiva, no patamar entre 5,25% a 5,50%, em linha com a expectativa do mercado.

O mercado passou a considerar, então, que a autoridade monetária não deverá mais elevar os juros do país e que o início do ciclo de cortes deve ocorrer em meados do segundo trimestre do ano que vem.

No documento divulgado hoje, os membros do FOMC demonstraram pouco interesse em cortas os juros tão cedo, dado que a inflação segue bem acima do seu objetivo de 2%.

Eles acreditam que ela deve permanecer em patamar restritivo até que os dados indiquem que a inflação tem cedido de forma convincente.

Veja a repercussão >>

Nem o mercado? Veja as reações ao veto integral da extensão da desoneração da folha de pagamento

O Presidente Lula vetou integralmente, na noite de ontem, o projeto de lei que estendia até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 dos principais setores da economia.

O movimento foi visto como um claro aceno à equipe econômica, em especial ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que segue em busca de atingir a meta fiscal de déficit zero no ano que vem.

A medida havia sido criada em 2011, no governo Dilma, e tinha caráter temporário e substituiu a contribuição previdenciária patronal (CPP), de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta das empresas.

Às 09h00, Haddad fez um pronunciamento para tratar do veto onde defendeu o posicionamento do governo, alegando que ele é inconstitucional, e afirmou que compensações aos setores impactados pela não-assinatura da extensão do projeto serão apresentadas ao Congresso após sua ida à COP.

Se o veto persistir, a desoneração só terá validade até o dia 31 de Dezembro deste ano.

Veja a repercussão >>


➕ Destaques:

🇺🇸 Higher for longer: os dados de menor relevância da economia norte-americana divulgados essa semana corroboram com a perspectiva de que o FED não deve mais elevar os juros do país. De acordo com os especialistas, mesmo que eles apresentem avanço sazonal, de forma geral, a economia e o mercado de trabalho apresentam sinais de desaceleração, o que deve conter novos aumentos por parte da autoridade monetária.

🇪🇺 “Higher for longer” também: na ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), a autoridade monetária deu a entender que não deve mais subir os juros da Zona do Euro, “aderindo” à ideia de higher for longer (mais alta por mais tempo). O comitê se mostrou preocupado com a situação econômica do bloco e especialistas falaram que esse período prolongado de taxas de juros elevadas pode ser mais curto do que o esperado.


🔝 Mais lidas da semana:

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📝 Colunas da Semana:



O que vem pela frente?

A semana que se inicia hoje tem como destaque a prévia da Europa, além do Índice de Preços PCE de Outubro, índice de inflação utilizado pelo FED, nos Estados Unidos.

Na China, os PMIs dos setores industria e de serviços também prometem movimentar os mercados.

Por aqui, além do IPCA-15 de Novembro, divulgado na terça-feira (28), estão no radar do investidor o relatório fiscal, também na terça e a receita tributária fiscal, na quarta-feira (29).

Além disso, o mercado seguirá acompanhando os desdobramentos do veto do presidente Lula à extensão da desoneração da folha de pagamento dos setores.

Agenda Econômica:

🗓️ Terça (28): IPCA-15 (Nov) 🇧🇷

🗓️ Terça (28): Receita Tributária Federal 🇧🇷

🗓️ Terça (28): CAGED (Out) 🇧🇷

🗓️ Terça (28): Confiança do Consumidor CB (Nov) 🇺🇸

🗓️ Quarta (29): Relatório Fiscal 🇧🇷

🗓️ Quarta (29): Prévia da inflação (Nov) 🇩🇪

🗓️ Quarta (29): Prévia do PIB (3T) 🇺🇸

🗓️ Quarta (29): PMIs Industrial e de Serviços 🇨🇳

🗓️ Quinta (30): Prévia da inflação (Nov) 🇪🇺

🗓️ Quinta (30): Índice de Preços PCE (Out) 🇺🇸

🗓️ Sexta (1): Produção Industrial (Out) 🇧🇷

🗓️ Sexta (1): Balança comercial (Nov) 🇧🇷

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