A Standard&Poor’s (S&P), uma das principais agências de classificação de riscos do mundo, anunciou, na semana passada, que retirou o ‘CreditWatch negativo‘ das notas de crédito ‘BB-‘ e ‘brAA+’ do Banrisul (BRSR6), que foram reafirmados.
De acordo com a publicação, a agência considera “administráveis as perdas de crédito do Banco do Estado do Rio Grande do SulS.A. (Banrisul) decorrentes dos danos recentes e sem precedentes das enchentes, e não acreditamos que elas afetarão significativamente a qualidade de crédito geral do banco, apesar das consequências econômicas na região”.
“O elevado apoio à região através de doações, linhas de financiamento governamentais e pagamentos de empréstimos adiados, ajudou a mitigar o impacto das enchentes”, afirma a agência.
“Como resultado, o banco manteve métricas estáveis de capital, funding e liquidez”.
Com isso, a perspectiva para suas notas volta a ser ‘Estável’, refletindo sua expectativa de que “nos próximos 12 meses, o banco continuará a focar em operações seguras de varejo e agronegócio”.
“Além disso, esperamos que o banco mantenha seus Ãndices de capital regulatório em linha com aqueles de seus pares, apesar dos desafios econômicos trazidos pelos danos das enchentes”, acrescenta.
Sua nota pode ser rebaixada caso a S&P venha a acreditar “que as finanças mais fracas do estado corroem seu perfil financeiro, ou se o banco aumentar substancialmente seu apetite por risco, resultando em maiores perdas de crédito e menor rentabilidade”.
“PoderÃamos também reduzir os ratings se houver qualquer impacto imprevisÃvel decorrente das enchentes no Rio Grande do Sulque prejudique os resultados, a estabilidade do funding ou a posição de capital do banco”, comenta.
Por outro lado, para ter sua nota elevada, o Banrisul precisaria diversificar mais suas receitas, “reforçando seu desempenho operacional devido à crescente estabilidade dos negócios”.
“Isso poderia mitigar os efeitos indiretos da fraca economia do estado do Rio Grande do Sul e da volatilidade nos resultados do banco, decorrentes da pressão sobre suas métricas de qualidade dos ativos”, explica.