A Allos (ALOS3) divulgou, na noite de ontem (13), seu balanço referente ao segundo trimestre deste ano.
A companhia, que é resultado da fusão da Aliansce Sonae e brMalls, reportou lucro lÃquido de R$320,9 milhões.
Como o resultado da fusão impede uma comparação direta com um ano antes, de acordo com as estimativas, se, no ano passado, ela tivesse a mesma participação de shoppings que este ano, ele teria sido de R$121,6 milhões.
Nas mesmas condições comparativas, seu Ebitda (sigla em inglês lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) teria avançado 1,9%, para R$442,4 milhões, enquanto seu fluxo de caixa proveniente das operações (FFO) teria crescido 33,4%, para R$312,1 milhões, e o FFO por ação registrou alta de 41,1%, puxado pelos programas de recompra anunciados pela companhia.
Já sua receita lÃquida teria indicado crescimento de 3,8%, para R$621,3 milhões.
Para o Citi, o resultado foi positivo.
Os analistas Andre Mazini e Felipe Lenza, que assinam o relatório, destacaram o crescimento do FFO e da receita de aluguel, que registrou alta de 1,3% apesar da deflação do IGP.
De acordo com a dupla, o crescimento da receita de aluguel foi ocasionada por dois fatores: a Allos conta com reajuste de aluguéis que são 70% IGP e 30% IPCA. Além disso, a linha Mall & Media, que integra a receita de aluguel, também registrou resultado positivo.
Eles também chamam a atenção para a desalavancagem da companhia, com o indicador dÃvida lÃquida/Ebitda atingindo 1,5x.
Por outro lado, eles destacam a inadimplência da companhia, que cresceu 1,1%, ante -1,4% de Iguatemi (IGTI11) e -1% de Multiplan (MULT3), e as vendas totais e em mesma loja (SSS), que ficaram abaixo dos concorrentes.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (ALOS3), com preço-alvo de R$30,00, com potencial de ganho de 28,59% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$23,33.
Os analistas da XP também gostaram dos números apresentados.
“Operacionalmente, destacamos as vendas de lojistas em +5,8% A/A, enquanto as vendas/m² aumentaram 8% A/A. Além disso, a taxa de ocupação ficou estável no T/T em 96,3%, apoiada por um forte nÃvel de novos contratos de aluguel assinados”, afirmam os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton, que assinam o relatório.
“Em termos financeiros, a receita cresceu 4% A/A, beneficiando-se de MÃdia (+25% A/A) e Estacionamento (+14% A/A), enquanto a receita de aluguel continuou crescendo ligeiramente (+1,3% A/A). O NOI cresceu 4% A/A, ajudado por uma queda de 13% A/A na PDD, uma vez que a inadimplência lÃquida atingiu 1,1% (-2,5 p.p. T/T), o que também levou a um EBITDA Ajustado ligeiramente maior (+2% A/A)”.
Eles acrescentam que o melhor resultado financeiro levou a um crescimento robusto do FFO.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações (ALOS3), com preço-alvo de R$34,00, com potencial de ganho de 45,74%.
Já o time de análises da Genial Investimentos classificou o resultado da companhia como “monótono”.
“O crescimento, assim como todo o setor, foi brando, mas as margens seguiram em patamares elevados, demonstrando o excelente controle de custos mesmo em momentos de baixo crescimento”, afirmaram Luis Assis e Guilherme Vianna, analistas que assinam o relatório.
Do ponto de vista operacional, a dupla considerou os números satisfatórios, enquanto que, do ponto de vista financeiro, eles tiveram poucas variações.
“Vimos receita praticamente flat e próximo das expectativas, enquanto os custos e despesas somados também se mantiveram estáveis, levando a um EBITDA ajustado de R$ 450m (vs. R$ 453m no 1T24)”, comentam.
“O reconhecimento de venda de ativos em outros trimestres também impactou positivamente o resultado em R$ 153m, levando a um salto no lucro lÃquido para R$ 326m (+113% a/a)”.
Com isso, eles optaram por manter recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$32,00, com potencial de ganho de 37,16%.