O mercado de capitais brasileiro registrou captação de R$96 bilhões em Julho, o melhor resultado para o mês desde 2012, de acordo com dados publicados na semana passada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Na renda fixa, o destaque ficou para as debêntures, que somaram R$50 bilhões, equivalente a 84% do total do mês, em 68 emissões, seguidas pelas notas comerciais, com R$11,43 bilhões captados, e pelos Certificados de RecebÃveis do Agronegócio (CRAs), com R$5,36 bilhões.
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) captaram R$3,96 bilhões no perÃodo, enquanto os Certificados de RecebÃveis Imobiliários (CRIs) somaram R$3,24 bilhões e os Certificados de RecebÃveis (CRs) mais R$100 milhões.
Na renda variável, tivemos duas operações de follow-ons que, juntas, totalizaram R$16,96 bilhões.
Já dentre os hÃbridos, os Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) registraram captação de R$4,41 bilhões e os Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) captaram R$465 milhões.
No acumulado do ano, já foram captados R$435 bilhões no mercado de capitais, alta de 123,42% em comparação ao acumulado té Julho do ano passado.
Na renda fixa, as debêntures são o grande destaque, acumulando R$256,83 bilhões entre Janeiro e Julho deste ano, alta anual de 183,06%, seguidas pelos FIDCs, com R$38,57 bilhões (+123,97% no comparativo anual), e pelos CRIs, com R$34,69 bilhões (+104,53% no comparativo anual).
Na renda variável, não foram registrados IPOs tanto no acumulado até Julho deste ano quanto no do ano passado, enquanto que, nos primeiros sete meses de 2023, haviam sido feitos 13 operações de follow-on, que totalizaram R$22,09 bilhões, contra 8 neste ano, com captação total de R$21,82 bilhões.
Já dentre os produtos hÃbridos, os Fiagros acumulam R$1,83 bilhões captados, queda de 65,74% em comparação ao mesmo perÃodo de 2023, enquanto os FIIs registraram crescimento de 185,61% em sua captação, para R$31,12 bilhões.