O BB Investimentos publicou, na última sexta-feira (23), um relatório em que atualiza suas perspectivas para as ações da BRF (BRFS3), incorporando seus resultados referentes ao segundo trimestre deste ano e revisitando as premissas de crescimento e rentabilidade da companhia daqui para a frente.
A analista Georgia Jorge, que assina a publicação, pontua que a companhia “tem vivenciado uma conjuntura favorável às suas operações, combinando queda nos preços dos grãos com recuperação de preços em diversos destinos de venda”.
“Contudo, o bom desempenho operacional da companhia não se deve apenas à melhora da conjuntura, mas também aos esforços envidados para buscar maior eficiência em suas operações, com um acompanhamento próximo de KPIs (indicadores de performance estabelecidos pela empresa) tanto na criação das aves, quanto no momento de abate e processamento”, destaca.
“Além disso, a companhia também vem trabalhando para abrir novos mercados, com a obtenção de 57 novas habilitações somente no 1S24, o que aumenta sua capacidade de alcançar mercados mais rentáveis”.
Para ela, o reflexo de tudo isso está na evolução de sua rentabilidade pelo sexto mês consecutivo, além da redução de sua alavancagem financeira para o menor nível dos últimos 9 anos, chegando a 1,14x, “o que vai permitir à companhia estudar formas de elevar o retorno aos acionistas, como via distribuição de dividendos, por exemplo”.
Apesar disso, o modelo usado pelo time de análises do BB indica que boa parte dessa evolução operacional já está precificada pelo mercado, dada a recente valorização das ações da companhia, que acumulam alta de 82,40% neste ano.
Sendo assim, ela optou por manter recomendação “Neutra” para suas ações (BRFS3), mas atualizou seu preço-alvo, que passou de R$16,00 para R$27,00 para o final do ano que vem, 68,75% maior que o anterior e com potencial de ganho de 7,19% quando comparado com o fechamento de sexta-feira (23), a R$25,19.