Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a sexta-feira (30) majoritariamente em alta, em dia marcado por agenda cheia.
Ainda cedo, os principais índices da Ásia e da região do Pacífico subiram.
No Japão, dados setoriais mais fracos que o esperado, que indicam que dificilmente o BC do país deve continuar elevando os juros como prometido, sustentaram a alta do Nikkei 225, principal índice de ações do país.
Já na Austrália, os dados do varejo avançaram menos do que o previsto em Julho, também fortalecendo as ações do país, com as apostas de que o Reserve Bank of Australia (RBA, na sigla em inglês) pode cortar os juros em breve ganhando forças.
Na Europa, a desaceleração da inflação de Agosto, indicada pelo relatório preliminar divulgado hoje, aqueceu ainda mais o debate sobre a possibilidade do Banco Central Europeu (BCE) cortar os juros em Setembro.
Com isso, os principais mercados do continente fecharam mistos.
Já nos Estados Unidos, o Índice de Preços PCE, preferido do Federal Reserve (FED), banco central norte-americano, referente a Julho veio muito próximo do esperado, alimentando as apostas de que uma redução nos juros em Setembro deve ser de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), reduzindo o ímpeto dos investidores mais otimistas.
Apesar disso, os três principais índices do país encerraram a sexta-feira em alta.
🌎 Estados Unidos:
🇺🇸 Nasdaq: 17.709,36 (+1,10%)
🇺🇸 S&P 500: 5.648,40 (+1,01%)
🇺🇸 Dow Jones: 41.563,08 (+0,55%)
🇺🇸 S&P VIX: 15,00 (-4,15%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
🇯🇵 Nikkei: 38.621,00 (+0,69%)
🇨🇳 Shanghai: 2.842,21 (+0,68%)
🇨🇳 SZSE: 8.348,48 (+2,38%)
🇭🇰 HSI: 17.989,07 (+1,14%)
🇰🇷 Kospi: 2.674,45 (+0,46%)
🇦🇺 ASX 200: 8.091,90 (+0,58%)
Com Treasuries e agenda local, curva de juros brasileira sobe
No mercado de renda fixa os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos engataram nova alta nesta sexta, com os investidores aumentando suas apostas em um corte mínimo na taxa de juros do país em Setembro.
Por aqui, o movimento das treasuries atrelado ao déficit fiscal (muito) maior que o previsto em Julho e a nova queda na taxa de desemprego do país fizeram com que os contratos de juros futuros brasileiros também engatassem mais uma sessão positiva.
Falas de Roberto Campos Neto, presidente do BC, durante evento da XP Investimentos até chegaram a reduzir o avanço dos contratos, que voltaram a ganhar forças do meio para o final da sessão.
Campos Neto afirmou que, “se for necessário” ajustar a taxa Selic, esse ajuste será feito de forma gradual.
Os comentários conflitam com as perspectivas dos mais pessimistas, que preveem três altas de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) na taxa básica de juros brasileira.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,416% (-0,03%)
2 anos: 3,919% (+0,66%)
5 anos 3,708% (+1,09%)
10 anos: 3,909% (+1,09%)
30 anos: 4,201% (+1,20%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/25: 10,995% (+0,09%)
Janeiro/26: 11,880% (+0,42%)
Janeiro/28: 12,095% (+2,15%)
Janeiro/30: 12,200% (+2,52%)
Janeiro/33: 12,150% (+2,53%)
Dólar sobe mesmo após duas intervenções do BC
O dólar fechou a sexta-feira novamente em alta perante o real, em dia bastante volátil para a moeda brasileira.
O avanço foi contido por dois leilões realizados pelo Banco Central, sendo o primeiro, de dólar à vista, por causa do ajuste na carteira teórica do índice MSCI Brazil e o segundo, com novos contratos de swap cambial.
Ambos foram no valor de US$1,5 bilhão, porém o segundo chegou apenas a pouco mais da metade da oferta, totalizando US$765 milhões.
Lá fora, a moeda norte-americana teve performance mista, avançando diante dos principais pares, enquanto caiu perante as moedas emergentes.
Commodities caem
As commodities fecharam a sexta-feira em queda.
O avanço dos rendimentos dos títulos públicos norte-americanos pressionou o ouro e a prata, enquanto o petróleo recuou após rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, Opep+, deve prosseguir aumentando a produção no quarto trimestre deste ano, conforme planejado.
Já o minério de ferro fechou em baixa em Dalian, na China, devolvendo parte dos ganhos da semana.
🌎 Com. Ind.: 96,0873 (-0,95%)
🪨 Min Ferro: US$106,31 (-0,53%)
🛢️ WTI: US$73,55 (-3,11%)
🛢️ Brent: US$76,93 (-2,40%)
🥇 Ouro: US$2.552,60 (-1,28%)
🥈 Prata: US$29,255 (-2,45%)
Ibovespa fecha estável
O Ibovespa fechou praticamente estável nesta sexta-feira, em dia bastante volátil, com leve viés negativo, porém sustentando os 136 mil pontos.
Dentre os setores da bolsa de valores brasileira o dia foi misto, com o destaque positivo ficando para o elétrico (IEEX) enquanto o negativo ficou para os de consumo (ICON) e imobiliário (IMOB), que foram pressionados pelo avanço dos contratos de juros futuros do país.
🇧🇷 Ibovespa: 136.004,01 (-0,03%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 138.050 (+0,41%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.925,43 (-0,56%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 932,66 (-0,56%)
💡 Elétrico (IEEX): 92.892,10 (+0,81%)
🏭 Industrial (INDX): 26.160,35 (+0,25%)
💰 Financeiro (IFNC): 14.203,47 (+0,04%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.591,40 (-0,15%)
Petrobras e Vale sobem
Apesar dos recuos do minério de ferro e do barril de petróleo, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3) fecharam o dia no positivo.
No caso da mineradora, recuperando as perdas de ontem, enquanto que, no caso da petrolífera, a recuperação do recuo registrado na última sessão foi parcial.
Vale (VALE3): R$59,58 (+0,47%)
CPFL sobe mais de 3% e Petz cai quase 6%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da CPFL (CPFE3), seguidas pelas da Dexco (DXCO3), com ambas avançando mais de 3% na sessão.
Completam o trio as ações da Engie (EGIE3), que subiram mais de 2%.
Na ponta contrária, os papéis da Petz (PETZ3) recuaram quase 6%, seguidos pelos da Magazine Luiza (MGLU3), que caíram mais de 5%, e da Azzas 2154 (AZZA3), que fecharam em queda de mais de 3%.