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De olhos nos BCs

Fabio Susteras by Fabio Susteras
11 meses ago
in Artigos
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Cenário Internacional

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, escolheu o Simpósio de Jackson Hole, um evento de grande relevância que reúne líderes monetários globais, economistas e acadêmicos, para indicar a possibilidade de um corte nas taxas de juros em setembro. Em linha com as expectativas do mercado, Powell adotou uma postura prudente, evitando antecipar decisões, e reiterou que o tamanho e o ritmo dessa flexibilização monetária dependerão dos futuros dados econômicos da maior economia do mundo.

Em seu discurso durante o Simpósio de Jackson Hole, um evento tradicional que reúne autoridades monetárias globais, economistas e acadêmicos, Powell afirmou que “chegou a hora de ajustar a política”. Ele destacou que a “direção da viagem é clara”, mas que o momento e o ritmo dos cortes de taxa dependerão dos dados econômicos recebidos, da evolução das perspectivas econômicas e do balanço de riscos. As declarações de Powell reforçaram o que já havia sido sinalizado na ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) em julho, quando a maioria dos dirigentes manifestou apoio a um corte de juros em setembro. O discurso, que durou cerca de 30 minutos e marcou a abertura do Simpósio de Jackson Hole, foi considerado “dovish” pelos mercados, ou seja, indicativo de uma flexibilização da política monetária nos Estados Unidos.

Esse posicionamento impulsionou o apetite por ativos de risco em todo o mundo, resultando em quedas nos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) e no dólar. A perspectiva de um primeiro corte de juros em setembro, possivelmente de 0,50 ponto percentual, ganhou força entre os investidores.

Contudo, uma redução menor, de 0,25 ponto percentual, ainda é considerada o cenário mais provável em Wall Street. Dados da plataforma CME Group indicavam uma probabilidade de 36,5% de que a taxa básica americana caísse da faixa atual de 5,25% a 5,50% para o intervalo entre 4,75% e 5,00% em setembro, um aumento significativo em relação aos 26,8% registrados antes do discurso de Powell.

Paralelamente, a expectativa majoritária de um corte de 0,25 ponto percentual recuou de 73,2% para 63,5%.Segundo Stephen Stanley, economista-chefe do Santander para os Estados Unidos, Powell praticamente consolidou a expectativa de um corte de juros em setembro. Stanley projeta uma redução de 0,25 ponto percentual. Rick Rieder, diretor de Investimentos de Renda Fixa Global da BlackRock, destacou que Powell utilizou palavras-chave que o mercado aguardava ansiosamente. Ao afirmar que a “direção da viagem é clara”, Powell sugeriu a possibilidade de múltiplos cortes de 0,25 ponto percentual, sem descartar uma redução mais agressiva de 0,50 ponto percentual. Entretanto, o Bank of America acredita que um corte de 0,50 ponto percentual só ocorrerá se o mercado de trabalho americano enfraquecer significativamente, algo que não está previsto em seu cenário base. Antes da próxima reunião do Fed, novos dados sobre a inflação e o relatório payroll, principal indicador do mercado de trabalho nos EUA, serão divulgados. Os dados de julho, que ficaram muito aquém das projeções ao apontar a criação de 114 mil vagas, reacenderam o alerta de uma possível recessão no país e aumentaram a possibilidade de uma postura mais agressiva do Fed.

Powell também destacou que a inflação nos Estados Unidos recuou “significativamente” e expressou confiança de que os preços estão em um “caminho sustentável” para atingir a meta de 2% ao ano. Ele atribuiu grande parte desse progresso à reversão das distorções causadas pela pandemia de COVID-19. Em relação ao mercado de trabalho, Powell afirmou que este não está mais superaquecido e que o aumento do desemprego foi resultado de um aumento na oferta de trabalhadores e da desaceleração no ritmo de contratações, em vez de um aumento nas demissões.

Em conclusão, o discurso de Jerome Powell em Jackson Hole reforçou a perspectiva de que o Federal Reserve está se preparando para uma fase de flexibilização monetária, com um corte nas taxas de juros em setembro sendo altamente provável. No entanto, a extensão e a velocidade dessa flexibilização permanecem dependentes dos dados econômicos que serão divulgados nas próximas semanas. O discurso de Powell trouxe um misto de cautela e otimismo ao mercado, que agora aguarda ansiosamente os próximos passos do Fed, ciente de que o caminho para uma política monetária mais branda será influenciado tanto pela evolução da economia quanto pela capacidade do banco central de equilibrar os riscos de recessão e inflação.

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Cenário Doméstico

O Banco Central (BC) tem sinalizado um cenário de maior risco inflacionário, uma avaliação que se revela pertinente. Contudo, o fator preponderante na alteração da percepção em relação à política monetária é o entendimento de que o BC adotará uma postura menos tolerante frente à inflação.

De fato, o balanço de riscos apresenta-se de forma assimétrica. No lado positivo, o contexto global favorece a situação doméstica. A menor demanda global contribui para a redução dos preços das commodities, enquanto a queda dos juros internacionais alivia a pressão sobre a moeda brasileira. Com uma economia brasileira mais resiliente a choques e maior estabilidade política e financeira, a atratividade aos fluxos de capitais se intensifica, confirmando um comportamento favorável dos preços das commodities em reais e, consequentemente, um cenário de menor pressão inflacionária.

Entretanto, a combinação de expansão fiscal com baixo desemprego sustenta níveis elevados de renda, dificultando a convergência do IPCA e de seus núcleos, em especial os serviços. O indicador de renda real disponível do BC, que engloba tanto a renda do trabalho quanto os programas de transferência, apresentou um crescimento anual de 7,1% até maio, nível próximo ao registrado entre 2007 e 2010, período de alta nas commodities.

Mais do que um retrato momentâneo, os incentivos atuais não indicam uma reversão dos estímulos fiscais. A preferência política por um maior gasto público fortalece a agenda de expansão fiscal em um ambiente de elevada competição eleitoral e fragilidade das regras fiscais. A expectativa é de uma trajetória ascendente e contínua da dívida pública.

Adicionalmente, a transição no comando do BC aumenta as incertezas quanto às prioridades da próxima gestão, exacerbando a desancoragem das expectativas. Após a reunião de maio do BC, a falta de consenso resultou em uma elevação das expectativas de inflação para os horizontes mais longos, passando de 3,50% para 3,70%. Para 2025, o cenário é ainda mais preocupante, com a combinação de riscos globais e incertezas relacionadas à gestão fiscal e monetária elevando as expectativas de inflação de 3,60% para 3,95%.

Essa desancoragem é reforçada pela falta de convergência da inflação corrente. Desde meados de 2023, o IPCA tem oscilado em torno de 4,3%, enquanto o núcleo de serviços permanece em 4,8%. Em parte, esse comportamento é compatível com o padrão global, onde a reversão dos preços de alimentos e energia, juntamente com a normalização das cadeias globais de produção, contribuíram para uma rápida queda da inflação em um cenário de pleno emprego. Sem choques favoráveis, a chamada “última milha” tem demandado mais ação dos bancos centrais.

Diante desse panorama, independentemente de considerações teóricas sobre juros neutros e crescimento potencial, a trajetória dos principais indicadores aponta que o atual nível da taxa básica de juros parece insuficiente para garantir a convergência da inflação ao centro da meta.

Este cenário dificilmente sofrerá alterações rápidas. É improvável que o ambiente global e os indicadores domésticos, como câmbio, inflação, emprego e contas públicas, favoreçam uma inflexão rápida e sustentável das expectativas de inflação.

Em conjunto com a recente comunicação do BC, que reafirma o compromisso com o centro da meta e a coesão entre seus membros, o cenário sugere o início de um novo ciclo de alta da taxa de juros.

Ademais, é pouco provável que essa estratégia seja alterada pela indicação de novos nomes para a autoridade monetária. O desenho institucional do BC, caracterizado por decisões colegiadas, burocracia estabelecida e a necessidade de manter a reputação dos diretores, reforça a autonomia formal da autoridade monetária e impede grandes mudanças de rumo.

Esse comportamento é consistente com a experiência internacional, que demonstra que as transições nos comandos dos bancos centrais costumam ser acompanhadas por políticas mais conservadoras, dada a necessidade de construir e preservar a reputação.

Por fim, a decisão de elevar os juros faz sentido do ponto de vista político. Um aumento das taxas neste momento poderia fortalecer o recente esforço do governo em demonstrar maior pragmatismo, com sinais de controle de gastos, realismo tarifário e compromisso com as metas de inflação. Ademais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, para suceder Roberto Campos Neto na presidência da autarquia. Galípolo, que já manifestou preocupações com as previsões de inflação, enfatizou a possibilidade de alta dos juros nas próximas reuniões do Copom. A transição, prevista para dezembro, será a primeira sob o sistema de mandatos fixos do BC, iniciado em 2021.

Embora, no curto prazo, essa correção dos juros possa implicar menor crescimento econômico e resultados setorialmente heterogêneos, favorecendo segmentos mais dependentes da renda do que do crédito, a convergência da inflação abriria espaço para novos cortes de juros ao final de 2025, beneficiando o ciclo eleitoral de 2026.Portanto, tanto o cálculo econômico quanto o político indicam a necessidade de um novo ciclo de aumento da taxa de juros. Este movimento é crucial para diferenciar a atual estratégia de política monetária de uma postura mais tolerante com a inflação, como se observou em passado recente.

Tags: Carta Mensal
Fabio Susteras

Fabio Susteras

Com 27 anos de experiência no mercado financeiro, Fabio soma passagens por diversas instituições financeiras nacionais e internacionais como ABN AMRO, Royal Bank of Canada e Banco Votorantim. Hoje é sócio e estrategista-chefe da SPCAP Investimentos e possui certificação Certified Financial Planner (CFP®) e Certificado de Gestor Anbima (CGA - Anbima).

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