O Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (3), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro referente ao segundo trimestre do ano.
A economia brasileira cresceu 1,4% no perÃodo quando comparada com os três primeiros meses de 2024, 0,5 ponto percentual acima do estimado pelos especialistas.
Em comparação ao mesmo perÃodo do ano passado, o crescimento foi de 3,3%, 0,6 ponto percentual acima do projetado e 0,8 ponto percentual acima do registrado no primeiro trimestre do ano.
Pela ótica da produção, a Indústria registrou crescimento trimestral de 1,8% e anual de 3,9%, enquanto Serviços avançou 1,0% no trimestre e 3,5% no ano e a Agropecuária teve um recuo trimestral de -2,3% e anual de -2,9%.
Pela ótica da despesa, as despesas de consumo das famÃlias e do governo avançaram 1,3% no comparativo trimestral, enquanto, no comparativo anual, o crescimento foi de 4,9% e 3,1%, respectivamente.
Além disso, o IBGE também revisou os resultados trimestrais do quarto trimestre do ano passado, que passou de -0,1% para +0,2%, e do primeiro trimestre deste ano, que passou de +0,8% para +1,0%.
No meio polÃtico, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, comemoraram o resultado.
Haddad destacou o desempenho da indústria, afirmando que alguns segmentos ainda têm muita margem para crescer suas respectivas produções.
Além disso, ele afirmou que se o crescimento acelerado continuar, o governo pode reestimar as receitas para o ano que vem.
Já Tebet comentou que o resultado reforça as expectativas do governo de um crescimento econômico próximo dos 3,0% neste ano.
Dentre os especialistas, revisões para o PIB brasileiro de 2024 já foram anunciadas.
A gestora Asa Investments revisou sua projeção de 2,5% para 3,0%, enquanto o BTG passou a prever crescimento de 2,7%, 0,3 ponto percentual acima do estimado anteriormente, a Terra Investimentos elevou sua perspectiva em 0,1 ponto percentual, para 2,7%.
Christian Thorgaard, da Skopos, destacando que, em linhas gerais, o resultado mostra uma economia bastante robusta, enquanto os componentes de maior impacto também tiveram uma performance positiva, desacelerando.
Sua expectativa é que a economia brasileira cresça 3,0%.
O economista-chefe da PicPay, Igor Cadilhac, comentou que o crescimento reflete o bom momento da atividade econômica do paÃs, além de mostrar uma recuperação mais rápida do que o esperado da catástrofe que ocorreu no Rio Grande do Sul.
Apesar disso, Cadilhac mantém projeção de avanço de 2,5% do PIB neste ano, apesar de admitir que o viés é altista.
William Jacksohn, economista-chefe para mercados emergentes da Capital Economics, gostou do resultado e afirmou que a economia brasileira caminha para crescer 3% este ano.
Por outro lado, ele ponderou que o resultado eleva a preocupação do Banco Central com a inflação, o que deve levar, do seu ponto de vista, a uma alta de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) na taxa Selic em Setembro.