Mercados fecham mistos e treasuries caem; Ibovespa avança

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a segunda-feira (16) de forma mista, de olho na série de reuniões de política monetária que a semana tem.

Em Wall Street, as apostas em um corte de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) nos juros norte-americanos fizeram com que os três principais índices do país fechassem mistos, em um fenômeno classificado pelos especialistas como “rotatividade de ações“, com os investidores diminuindo sua exposição ao setor de tecnologia e migrando para empresas que devem ter melhor performance com a queda nos juros do país.

Com isso, o Nasdaq encerrou o dia em queda, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones subiram na sessão.

Na Europa, a expectativa pela reunião de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) fez com que os principais índices do continente fechassem o dia de forma mista.

Já na região da Ásia e do Pacífico, os principais mercados fecharam em alta, em dia de feriado no Japão, na China e na Coreia do Sul, o que, além de manter os respectivos índices fechados, também reduziu drasticamente a liquidez durante o pregão.

🌎 Estados Unidos:

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries caem e curva de juros brasileira sobe

No mercado de títulos públicos, os rendimentos das treasuries fecharam novamente em queda, pressionados pelo aumento nas apostas de um corte de maior intensidade na taxa de juros norte-americana.

Já por aqui, os contratos de juros futuros encerraram o dia em alta, repercutindo a autorização que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, deu ao governo para emitir crédito fora da meta fiscal para combater os incêndios no país.

Dólar cai acompanhando exterior

A pressão nos rendimentos das treasuries acabou levando à desvalorização do dólar mundo afora, com a moeda recuando diante de praticamente todos os pares acompanhados, com exceção do peso mexicano.

Perante o real, ela fechou em queda de 1%, se aproximando dos R$5,50.

Commodities sobem; Ouro fecha estável

Dentre as commodities, o dia foi de alta, com destaque para o avanço do barril de petróleo, repercutindo as interrupções na produção da commodity no Golfo do México e a expectativa por um corte maior do que o esperado anteriormente nos juros dos Estados Unidos.

A exceção ficou para o ouro, que teve leve queda depois de renovar, na semana passada, sua máxima histórica.

Ibovespa sobe e retoma os 135 mil pontos

O Ibovespa fechou o dia em alta, puxado pelo avanço das ações da Petrobras (ver abaixo).

Dentre os índices setoriais da bolsa de valores brasileira, apenas o industrial (INDX) e de materiais básicos (IMAT) recuaram, com o destaque ficando para o setor imobiliário (IMOB).

Petrobras sobe e Vale fecha estável

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam em alta, aproveitando a recuperação do barril de petróleo no mercado internacional para também se recuperar de parte das perdas recentes.

Já os papéis da Vale (VALE3) fecharam estáveis sem a negociação do minério de ferro e do mercado chinês como um todo, ocasionada pelo feriado no país.

Azul dispara quase 11% e Embraer cai mais de 6%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou novamente para as da Azul (AZUL4), que dispararam quase 11% nesta segunda depois de dispararem mais de 20% na última sexta-feira.

Elas foram acompanhadas pelos papéis da CSN Mineração (CMIN3), que avançaram quase 7%, e pelos da Lojas Renner (LREN3), que subiram mais de 2% depois do BTG rever suas perspectivas para a companhia.

Na ponta contrária, as ações da Embraer (EMBR3) foram o destaque negativo, recuando mais de 5% depois da frustração do mercado com o acordo de arbitragem da companhia com a Boeing, no qual ela irá receber US$150 milhões da fabricante norte-americana, valor abaixo do esperado.

Completam o trio os papéis da Petz (PETZ3), que recuaram mais de 4%, e da Suzano (SUZB3), que fecharam em queda de mais de 2%, pressionadas pelo recuo do dólar.