O Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou, nesta sexta-feira (27), o Índice de Preços PCE de Agosto.
O índice de inflação preferido do Federal Reserve (FED), banco central do país, avançou 0,1% no mês, 0,1 ponto percentual abaixo do resultado de Julho e do projetado pelos especialistas.
Em um ano, o PCE teve alta de 2,2%, 0,3 ponto percentual inferior ao registrado no relatório anterior e 0,1 ponto percentual abaixo do estimado.
Seu núcleo, quando são descontados os preços dos alimentos e de energia, subiu 0,1% no comparativo mensal, 0,1 ponto percentual abaixo do registrado em Julho e do projetado pelos especialistas, enquanto que, no comparativo anual, ele registrou alta de 2,7%, 0,1 ponto percentual acima do relatório anterior e em linha com o projetado.
A renda pessoal dos norte-americanos registrou alta de 0,2% no mês, 0,1 ponto percentual abaixo do crescimento visto em Julho e 0,1 ponto percentual inferior ao estimado.
Da mesma forma, o consumo também desacelerou, passando de uma alta de 0,5% no mês anterior para 0,2% em Agosto, 0,2 ponto percentual inferior ao projetado.
Com isso, o consumo pessoal real mensal avançou 0,1% no mês, depois de indicar crescimento de 0,4% no relatório anterior.
Para Chris Larkin, diretor administrativo de trading e investimento na E-Trade do Morgan Stanley, o resultado indica que “tudo está tranquilo no front da inflação”.
“Adicione o Índice de Preços PCE de hoje à lista de dados econômicos que estão em um ponto ideal”, afirmou ele.
“A inflação continua a manter a cabeça baixa e, embora o crescimento econômico possa estar desacelerando, não há indicação de que esteja caindo de um penhasco”.
Os analistas da Bloomberg Economics afirmaram que os números corroboram a decisão do FED de cortar os juros dos Estados Unidos em 50 pontos-base (0,50 ponto percentual), na reunião da semana passada.
“A surpresa negativa nos dados de renda pessoal, gastos e inflação de agosto validam a decisão do Fed no início deste mês de cortar as taxas de política em 50 pontos-base [0,50 ponto percentual]”, afirmam, em nota.
Na visão deles, o relatório também indica que, conforme os dados de inflação apresentam desempenho melhor que o esperado, principalmente quando olhando para o núcleo dos índices, mais a autoridade monetária norte-americana deve focar no mercado de trabalho do país.
No mercado, as apostas em um novo corte de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) na reunião do comitê de política monetária do FED marcada para Novembro voltaram a abrir vantagem com relação às apostas de um corte mínimo, de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual).
De acordo com a ferramenta FEDWatch, do CME Group, 52,1% dos investidores apostam em uma redução de maior intensidade, contra 50,7% ontem, enquanto 47,9% deles acredita que a redução será de menor intensidade, contra 49,3% ontem.