Mercados fecham mistos e treasuries sobem; Ibovespa recua novamente

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a segunda-feira de forma mista.

Na Ásia e na região do Pacífico, o dia não teve viés, com o destaque ficando novamente para os mercados da China e para o Hang Seng, de Hong Kong, depois que o governo chinês anunciou uma flexibilização nas regras de hipoteca do país.

A medida visa auxiliar o setor imobiliário, que vive um processo de desaceleração nos últimos meses, e faz parte de uma série de medidas que foram anunciadas desde o começo do ano e ganharam tração na semana passada.

Na Europa, os mercados fecharam em queda, devolvendo parte dos ganhos recentes, à espera de uma série de dados relevantes que serão anunciados na semana que vem.

Já em Wall Street, o dia foi positivo, com os três principais índices do país fechando o dia em alta, mesmo tendo passado boa parte da sessão no negativo, pressionados pela fala de integrantes do Federal Reserve (FED), banco central do país, os chamados “FED Boys”.

Os destaques ficaram para o Dow Jones e o S&P 500, que renovaram suas respectivas máximas históricas de fechamento.

🌎 Estados Unidos:

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries sobem com FED Boys e puxam curva de juros brasileira

As rentabilidades dos títulos públicos dos Estados Unidos subiram nesta segunda-feira, puxadas pelos comentários dos integrantes do Federal Reserve (FED) sobre a política monetária norte-americana.

Por aqui, os contratos de juros futuros também registraram alta, influenciados pelo movimento das treasuries e, também, pelo anúncio da bandeira tarifária vermelha de nível 2 nas contas de energia em Outubro, que deve puxar para cima o IPCA.

Além disso, vale destacar o relatório fiscal referente a Agosto, publicado hoje, que indicou déficit de R$21,425 bilhões no mês, mantendo a dívida bruta do país em 78,5% do PIB.

Dólar sobe, acompanhando o resto do mundo

O dólar fechou em alta perante o real, acompanhando o restante do mundo.

Lá fora, a moeda norte-americana ganhou forças após as falas dos FED Boys, recuperando as perdas registradas mais cedo.

O Índice Dólar, que chegou a perder os 100 pontos, retomou o patamar rapidamente, fechando a 100,5 pontos.

Commodities fecham mistas novamente

As commodities fecharam o dia de forma mista novamente.

Com o avanço dos rendimentos das treasuries, o ouro e a prata intensificaram o movimento de correção iniciado no começo do dia.

Por outro lado, o barril de petróleo, que operava em queda pela manhã, fechou o dia de forma mista, ganhando forças depois que Israel comunicou aos Estados Unidos que planeja uma operação terrestre no Líbano, o que deve aumentar ainda mais as tensões no Oriente Médio.

O destaque da sessão, porém, ficou para o minério de ferro, que disparou mais de 10% em Dalian, na China, com o anúncio das medidas relacionadas às hipotecas chinesas.

Ibovespa fecha em queda novamente

Por aqui, o Ibovespa encerrou o dia em baixa, na mínima da sessão.

Com isso, o principal índice acionário do país perdeu os 132 mil pontos.

O dia foi negativo para todos os setores da bolsa de valores brasileira, com destaque para o financeiro (IFNC), que recuou mais de 1%.

Petrobras e Vale caem novamente

As ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em queda novamente nesta segunda-feira.

No caso da mineradora, o movimento ignorou a disparada do minério de ferro em Dalian e foi ocasionado pela continuidade no processo de correção, depois da forte subida da semana passada.

Já os papéis da petrolífera seguiram o movimento do barril de petróleo no mercado internacional, que passou boa parte do dia no negativo.

Azul sobe quase 5% e Assaí despenca mais de 8%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou novamente para as da Azul (AZUL4), que registraram alta de quase 5%, depois de terem avançado 6% na sexta-feira.

Além delas, completam o trio os papéis da Vamos (VAMO3) e JBS (JBSS3), que avançaram mais de 1%.

Na ponta contrária, as ações da Assaí (ASAI3) despencaram 8% com a notícia de que a Receita Federal cobrou da empresa arrolamento de bens no valor de R$1,265 bilhão em meio à “existência de contingências” tributárias em discussão do GPA (PCAR3). A companhia informou ao mercado que irá recorrer.

Além delas, completam o trio os papéis da Petz (PETZ3) e da Cogna (COGN3), que recuaram quase 4%, pressionadas pelo avanço da curva de juros brasileira.