O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos publicou, nesta terça-feira (1), o relatório de oferta de empregos JOLTs referente a Agosto.
A publicação indicou 8,04 milhões de vagas em aberto no país no mês, bem acima dos 7,711 milhões (revisado para cima, de 7,673 milhões) registrado em Julho e dos 7,64 milhões estimados pelos especialistas.
O resultado indica que há 1,1 emprego disponível na economia norte-americana para cada pessoa em busca de uma ocupação, de acordo com o Departamento do Trabalho do país.
O relatório surpreendeu os especialistas, que esperavam uma leve desaceleração no número, em linha com a perspectiva de que o mercado de trabalho dos Estados Unidos segue desacelerando.
“As vagas de emprego tiveram um grande aumento e, embora esses números sejam voláteis, é provável que os empregadores vejam a queda nas taxas de juros estimulando a economia e queiram aumentar o quadro de funcionários”, afirmou o economista da Navy Federal Credit Union, Robert Frick.
Já sobre os impactos desse relatório na próxima reunião do comitê de política monetária (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve (FED), banco central do país, marcada para Novembro, a grande maioria deles indicou que, apesar de indicar que o corte será mínimo, de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), ainda existem mais números para serem divulgados.
Na sexta-feira (4), o próprio Departamento do Trabalho divulga o relatório de geração de emprego (Payroll) referente a Setembro.
A projeção dos especialistas é que tenham sido gerados 144 mil novos empregos no mês, apenas 2 mil a mais do que em Agosto, com a taxa de desemprego permanecendo em 4,2%.
No mercado, o relatório trouxe um impacto mínimo, com 59,6% dos investidores mantendo suas apostas em um corte mínimo, de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) no próximo encontro do FOMC, enquanto 40,4% deles acredita que a redução deve ser de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual), de acordo com a ferramenta FEDWatch, do CME Group.
Esse cenário mais conservador ganhou forças depois de declarações de alguns integrantes do FED, incluindo a de seu presidente, Jerome Powell, que deixou claro que o corte de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual), anunciado no mês, não indica o ritmo a ser seguido e que tudo dependerá dos dados a serem divulgados.