O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou, nesta sexta-feira (4), a balança comercial brasileira referente a Setembro, que apresentou superávit de US$5,36 bilhões.
O resultado é superior aos US$4,52 bilhões registrado em Agosto (revisado para baixo, de US$4,83 bilhões) e aos US$4,7 bilhões estimados pelos especialistas.
Já em comparação ao mesmo período do ano passado, ele é 41,6% inferior.
O superávit é fruto de US$28,789 bilhões exportados e US$23,426 bilhões importados.
Os destaques das exportações ficaram para as quedas em embarques de petróleo, minério de ferro soja e milho, que foram compensados por avanços em café, açúcares, carne e celulose.
Já no caso das importações, houve crescimento de 20% em comparação a um ano antes, com elevações em adubos e fertilizantes, acessórios de veículos e medicamentos.
Em apresentação do resultado, o ministério anunciou que revisou para baixo suas estimativas para a balança comercial brasileira neste ano, que passou de US$79,2 bilhões para US$70,4 bilhões, fruto de US$335,7 bilhões em exportações e US$265,3 bilhões em importações.
A previsão é 28,9% inferior ao resultado de 2023, quando foi registrado superávit de US$98,9 bilhões.
“Temos preços de exportação que foram decrescendo ao longo do ano, e o último dado do volume da demanda mundial mostrava pequena queda, isso influencia o resultado, que mostra agora uma pequena redução na exportação”, afirma Herlon Brandão, diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, durante a apresentação do resultado.
Apesar de ter surpreendido positivamente, o resultado, atrelado à atualização para baixo da expectativa do governo para a balança comercial desse ano, ocasionou uma revisão negativa das perspectivas dos especialistas, de forma geral.
Eles argumentam que tanto as importações, por conta da desaceleração da economia brasileira, como as exportações, com a desaceleração da economia global, devem cair, pressionando o resultado.
Apesar disso, alguns ponderam que esse número pode ser maior, caso os estímulos à economia chinesa tragam uma resposta mais rápida do que a prevista.