O Safra publicou, ontem (6), um relatório em que atualiza suas perspectivas para a PetroReconcavo (RECV3).
Os analistas Conrado Vegner e Vinícius Andrade, que assinam o relatório, iniciam a publicação afirmando que esperam que a companhia entregue um fluxo de caixa livre (FCF) “forte”, de 18% este ano e de 25% no ano que vem.
A perspectiva é impulsionada por níveis de produção de 27,5 mil boed em 2024 e 30,3 mil boed em 2025, menor capex em comparação ao ano passado, menores volumes de contratos NDF e o fim dos pagamentos relacionados à aquisições.
A dupla acredita que o dividend yield da companhia pode chegar a 6% no ano que vem, apesar de ver espaço para que esse percentual seja “potencialmente maior”.
“Além disso, vemos a empresa bem posicionada para navegar em um ambiente de baixo preço do Brent: de acordo com nossa estimativa, em um cenário hipotético em que os preços do Brent sejam em média US$ 40/bbl em 2025, a PetroReconcavo atingiria o ponto de equilíbrio do FCF em 2025”, acrescentam.
Com relação ao seu desempenho operacional, os analistas destacam que um acordo com a Brava Energia (BRAV3) para o compartilhamento de infraestrutura de processamento de gás natural no Rio Grande do Norte seria “o marco mais importante nessa frente”.
“Na frente operacional, vemos a PetroReconcavo se concentrando em melhorar a execução de workovers e serviços de poços, eliminando o backlog deste ano e restabelecendo a capacidade de execução para manter a boa forma de campos maduros e executar um número maior de serviços do que em 2024”, acrescenta a publicação.
Já com relação a possíveis fusões e aquisições, eles acreditam que a companhia tem “oportunidades significativas para alienar ativos com produção marginal”.
“No lado da aquisição, a forte posição financeira da PetroReconcavo, com um balanço leve e perspectivas robustas de fluxo de caixa livre, posiciona a empresa para capitalizar potenciais oportunidades de fusões e aquisições”, analisam.
“Notavelmente, a decisão da gerência de oferecer serviços de perfuração a outras empresas foi fundamental para dar suporte à futura atividade de fusões e aquisições, fornecendo insights valiosos sobre os riscos e custos de operar em diferentes bacias”.
Com isso, a dupla manteve recomendação “Outperform”, equivalente a “Compra”, para suas ações e apresentaram um novo preço-alvo de R$26,00 para elas para os próximos 12 meses, com potencial de ganho de 41,54% quando comparado com o fechamento da última sexta-feira, a R$18,37.