A MRV (MRVE3) divulgou ontem (8) sua prévia operacional referente ao terceiro trimestre do ano.
A companhia reportou aumento de 24% em suas vendas no segmento de incorporação, quando comparadas com um ano antes, somando R$2,75 bilhões, recorde da companhia.
O valor médio de cada unidade cresceu 2,3% em um ano, passando para R$245 mil.
Com relação aos seus lançamentos, foram 12 mil unidades lançadas, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$2,89 bilhões, alta anual de 59,7%.
A companhia também teve uma geração de caixa ajustado de R$262 milhões, ante uma queima de R$376 milhões no trimestre anterior.
O resultado agradou os analistas.
Para a XP, o resultado foi “positivo”.
“Vemos que as fortes vendas líquidas reforçam a sólida demanda dentro do programa habitacional MCMV, enquanto os lançamentos mais altos sugerem que a empresa pode estar aumentando seu apetite por crescimento após um período de lançamentos deprimidos em 2023”, afirmam os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton, que assinam o relatório.
“Além disso, a melhora significativa na queima de caixa operacional no Brasil (excluindo as vendas de recebíveis) indica um potencial ponto de inflexão, embora permaneça algumas incertezas em relação à dinâmica futura do fluxo de caixa livre da empresa”.
A XP tem recomendação de “Compra” para suas ações (MRVE3), com preço-alvo de R$17,00, com potencial de ganho de 115,46% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$7,89.
O time de análises do Safra classificou os números apresentados como “fortes”, destacando o fluxo de caixa melhorado, “mantendo-se no caminho certo para atingir seu guidance de geração de caixa para 2024 de R$ 300 milhões–R$ 400 milhões”.
“Também esperamos que a empresa entregue uma geração de caixa positiva já no 4T, mesmo após excluir o impacto das vendas de recebíveis (caixa líquido recebido e pagamentos de cessão de crédito)”, acrescentam os analistas Rafael Rehder e Luiz Peçanha, que assinam o relatório.
O Safra tem recomendação “Outperform”, equivalente a “Compra”, para as ações da companhia (MRVE), com preço-alvo de R$11,00 para os próximos 12 meses, com potencial de ganho de 39,42%.
Da mesma maneira, para os analistas do Citi, os números foram positivos, com destaque para a geração de caixa positiva depois de sucessivas queimas.
Ainda assim, o analista André Mazini, que assina o relatório, acredita que a companhia possui um perfil de risco elevado, dada a relação dívida líquida/patrimônio de 0,5x e o “perfil irregular de geração de caixa”.
“No entanto, os EUA estão passando por um ciclo de relaxamento, o que poderia tornar opções estratégicas na Resia mais prováveis”, pondera.
Com isso, Mazini optou por manter recomendação “Neutra” par as ações da companhia, com preço-alvo de R$8,00, com potencial de ganho de 1,39%.