A China divulgou, ontem (17) à noite, uma série de dados referentes à sua economia.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,9% em comparação ao segundo trimestre do ano, 0,2 ponto percentual acima do registrado no período anterior, porém 0,1 ponto percentual abaixo do estimado pelos especialistas.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, a economia chinesa registrou crescimento de 4,6%, 0,1 ponto percentual abaixo do registrado entre Abril e Junho, mas 0,1 ponto percentual superior ao projetado.
As vendas no varejo do país avançaram 3,2% em Setembro, no comparativo anual, 1,1 ponto percentual acima do crescimento registrado em Agosto e 0,7 ponto percentual do estimado.
Com isso, o setor acumula crescimento de 3,30% no ano, em comparação aos nove primeiros meses do ano passado, 0,06 ponto percentual abaixo do crescimento acumulado até Agosto.
Sua produção industrial avançou 5,4% no mês passado, em comparação ao mesmo período de 2023, 0,9 ponto percentual acima do registrado em Agosto e 0,8 ponto percentual superior ao projetado.
Dessa maneira, o setor acumula alta de 5,8% no ano, em comparação ao acumulado dos nove primeiros meses do ano passado, mesmo percentual de crescimento registrado no acumulado até Agosto.
Os investimentos em ativos fixos do país cresceu 3,4% em Setembro, no comparativo anual, em linha com o resultado de Agosto e 0,1 ponto percentual acima do estimado pelos especialistas.
Já os preços dos imóveis recuaram -5,8% no mês passado, quando comparados com o mesmo mês de 2023, 0,5 ponto percentual abaixo do registrado em Agosto.
Olhando para o mercado de trabalho, a taxa de desemprego do país recuou 0,2 ponto percentual, para 5,3%, ante expectativa de manutenção dos 5,3% por parte dos especialistas.
Apesar de bem visto pelos especialistas, a série de dados divulgados ontem não alterou as suas perspectivas, com eles se mantendo firmes à espera de novos estímulos à economia chinesa.
Larry Hu, economista-chefe da Macquarie Group, acredita que os números foram impulsionados pelos pacotes anunciados ao longo dos últimos meses, mas que novos estímulos devem impulsionar a economia do país no quarto trimestre.
“A economia terá um desempenho melhor no quarto trimestre, dadas as novas medidas de estímulo”, afirmou ele, em nota.
Para o economista da S&P Global Ratings, Louis Kuijs, os números ainda não podem ser considerados um alívio e acredita que mais estímulos são necessários.
“Não acho que um mês de dados de atividade ligeiramente melhores possa justificar a redução do suporte de política ao crescimento”, pontuou ele.
Da mesma maneira, Xiaojia Zhi, do Credit Agricole, acredita que, apesar de melhores, os números indicam que mais medidas são necessárias.
“Ainda há uma falta de estabilização no mercado imobiliário, o que de fato indica a necessidade de flexibilização contínua da política”, comentou.