A Fitch, uma das principais agências de classificação de riscos do mundo, anunciou, na semana passada, a elevação da nota de crédito em escala nacional do Banco Rendimento de ‘A+(bra)’ para ‘AA-(bra)’, com perspectiva ‘Estável’.
De acordo com a publicação, a elevação “reflete sua rentabilidade estável e recorrente em relação à de seus pares locais. Isso é beneficiado por seu modelo de negócios, baseado principalmente em receitas de serviços, cuja diversificação tem se expandido nos últimos anos”.
“O crescente ganho de escala do Rendimento, somado a um crescimento conservador de sua carteira de crédito, permitiu que seu Ãndice de resultado operacional sobre ativos ponderados pelo risco médio se mantivesse acima da média de seus pares”, afirma a agência.
Além disso, o comunicado ainda destaca que a sólida rentabilidade da instituição permitiu que ela mantivesse Ãndices de capitalização confortáveis, bem como solidez em sua base de captação, fatores que são parcialmente contrabalanceados por sua concentração na carteira de crédito, “o que resulta em altos nÃveis de clientes classificados na faixa de risco ‘D-H’ do Banco Central do Brasil (Bacen)”.
“Esse fato é mitigado, na visão da Fitch, pela baixa exposição de seu balanço ao crédito”, pontua.
Ainda assim, a agência destaca ser “improvável” que sua nota volte a ser elevada no curto e médio prazo, mas que, no longo prazo, essa elevação dependeria de um “ganho de escala significativo das operações do banco, combinado a uma melhora de seus ativos classificados entre ‘D-H’ para abaixo de 5,0% do total da carteira e à manutenção de bons nÃveis de rentabilidade, capitalização e liquidez”.
Já para ser rebaixado, o banco teria que apresentar um enfraquecimento em sua rentabilidade, com seu Ãndice de resultado operacional sobre ativos ponderados pelo médio risco apresentando desempenho inferior a 3,0% de forma consistente.
“Nesse cenário, haveria também uma redução na posição de caixa ou capital, com queda no Ãndice CET1 para abaixo de 12%”, afirma.
Além disso, ele também poderia ser rebaixado se sua liquidez fosse pressionada no curto prazo, “uma vez que é naturalmente mais exposto a riscos reputacionais e de imagem em função da natureza de seu negócio”.