O Carrefour (CRFB3) divulgou, ontem (31) à noite, seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido de R$221 milhões, alta de 67,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, enquanto seu lucro líquido ajustado avançou 94,6%, para R$412 milhões.
O resultado superou, de longe, as expectativas dos analistas, com o consenso LSEG apontando para R$181,4 milhões de lucro.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 5% no comparativo anual, para R$1,54 bilhão, levemente acima dos R$1,47 bilhão estimados.
Sua margem Ebitda ajustada permaneceu estável em comparação ao mesmo período de 2023, em 5,7%.
Já suas receitas totais registraram alta de 5,1% no comparativo anual, totalizando R$28,369 bilhões.
Para a XP o resultado foi misto.
Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam a publicação, pontuam que os números indicaram “um crescimento da receita melhor do que o esperado, margens melhores no Atacadão e um desempenho sólido do CSF Bank, embora as margens no Varejo e no Sam’s tenham sido pressionadas, além de um consumo de fluxo de caixa livre (FCF) mais intenso do que a sazonalidade normal”.
Com isso, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações (CRFB3), com preço-alvo de R$11,00, com potencial de ganho de 46,86% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$7,49.
Da mesma maneira, o time de análises do Safra considerou o resultado misto, admitindo que os números trouxeram uma melhora em comparação ao trimestre anterior, mas ainda apresentando algumas questões que os preocupa.
“No geral, continuamos com uma postura mais conservadora em relação às margens de longo prazo, corroborada pela diferença de margem de 87 bps no trimestre (um pouco melhor do que no 2T24)”, afirmam os analistas Vitor Pini e Tales Granello, que assinam a publicação.
“Além disso, estamos preocupados com o aumento nas vendas a prazo, que ainda está impactando a alavancagem e as despesas financeiras”.
A dupla ainda destaca que segue cautelosa com os R$12 bilhões em provisões e passivos contingentes registrados pela companhia, já que, ao longo do ano, “houve um impacto negativo de R$ 725 milhões no fluxo de caixa relacionado a isso”.
Dessa maneira, eles reiteraram recomendação “Neutra” para suas ações (CRFB3), com preço-alvo de R$8,90 para o próximo ano, com potencial de ganho de 18,83%.