A Tim (TIMS3) divulgou, na noite de ontem (4), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro lÃquido normalizado de R$805 milhões, alta de 11,2% em comparação ao mesmo perÃodo do ano passado.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado avançou 7,5% em um ano, para R$3,236 bilhões, com sua margem Ebitda normalizada subindo 0,7 ponto percentual, para 50,4%.
Sua receita lÃquida normalizada registrou crescimento de 6% no comparativo anual, para R$6,419 bilhões, com a receita de serviço móvel avançando 6,3%, para R$5,88 bilhões, e a receita de serviço fixo crescendo 2,6%, para R$333 milhões.
Para a XP, os números apresentados foram “sólidos”.
“Como destaque negativo, vale destacar uma ligeira desaceleração no crescimento da receita de serviços móveis, influenciada principalmente por um repasse de preços menor em relação a 2023 no segmento pós-pago”, afirma o analista Bernardo Guttman, que assina a publicação.
“Por outro lado, a companhia continua gerando fluxo de caixa significativo, permitindo um sinal de dividendos acima do valor projetado para o ano em R$ 3,5 bilhões, o que pode sugerir uma futura revisão da faixa de guidance para o perÃodo 2024-2026 (R$ 11,8 – 12,2 bilhões)”.
Sendo assim, o analista segue construtivo com a sua tese de investimentos, “apesar das discussões sobre o aumento da concorrência após a entrada do Nubank no setor”.
Dessa maneira, ele optou por manter recomendação de “Compra” para suas ações (TIMS3), com preço-alvo de R$24,00, com potencial de ganho de 42,94% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$16,79.
O resultado foi em linha com o estimado pelo time de análises do Safra, “apesar dos lucros mais fracos relatados resultantes de resultados financeiros mais fracos”.
“A receita lÃquida da TIM continua a crescer acima da inflação, embora o Ãmpeto de crescimento esteja desacelerando devido a um desempenho mais fraco no segmento pré-pago – uma tendência que precisamos monitorar de perto”, afirmam os analistas Silvio Dória e Carolina Carneio, que assinam o relatório enviado a clientes da instituição após a divulgação do resultado.
“No entanto, a empresa manteve os ganhos de margem EBITDA por meio de uma estratégia eficaz de controle de custos”.
Com isso, eles mantiveram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (TIMS3), com preço-alvo de R$21,50 para os próximos 12 meses, com potencial de ganho de 28,05%.
Para os analistas do Bradesco BBI, o resultado foi “ligeiramente negativo”, apesar de terem vindo em linha com suas estimativas.
Eles destacaram, do lado positivo, o capex menor do que o previsto e os resultados financeiros melhores que o estimado, enquanto que, do lado negativo, a receita móvel veio em linha com o que eles esperavam e a receita gerada pelo cliente desacelerou mais que eles previam.
“Os resultados provavelmente não devem mudar nossa visão de que a receita da TIM deve superar a inflação, o capex deve permanecer nominalmente estável e o FCF deve expandir em dois dÃgitos baixos (de fato, a TIM reafirmou sua guidance de 2024-2026 que aponta para isso) com um rendimento de FCF robusto nos próximos anos”, afirma os analistas da instituição.
“No entanto, as tendências de receita da TIM no 3T implicam risco de queda para nossas estimativas de receita, que estão atualmente mais próximas do topo da faixa de orientação de crescimento de receita entre 5% e 6% no perÃodo de 2024-2026”.
Dessa maneira, eles optaram por manter recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (TIMS3), com preço-alvo de R$22,00, com potencial de ganho de 31,03%.