O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) divulgou, na noite de ontem (5), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou prejuízo líquido consolidado dos controladores de R$311 milhões, redução de 76% em comparação a um ano antes, quando teve prejuízo de R$1,295 bilhão.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado caiu 64,7%, para R$399 milhões, enquanto sua margem Ebitda avançou 1,43 ponto percentual, para 8,9%.
Por outro lado, sua receita líquida cresceu 2,8%, para R$4,494 bilhões.
Para o time de análises do Bradesco BBI, o resultado foi neutro.
“Saudamos o progresso em iniciativas estratégicas como mídia de varejo e negociações comerciais, bem como ajustes operacionais e reduções de despesas que dão suporte à expansão contínua da margem EBITDA”, afirma a publicação.
“Além disso, o SSS (ex. efeito calendário) também foi positivo, com uma ligeira aceleração QoQ (3T24: 5,0% vs 2T24: 3,5%). O aumento da dívida líquida ex. desconto de recebíveis de ~R$ 300 milhões QoQ, no entanto, foi o ponto baixo do trimestre, em nossa visão, com base no foco contínuo para diminuir a dívida líquida de 2,9x (ex. desconto de recebíveis)/EBITDA”.
Os analistas da instituição esperam ver uma maturação das iniciativas de recuperação aplicadas pela companhia e seus impactos em sua desalavancagem nos próximos trimestres.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações (PCAR3), com preço-alvo de R$4,00, com potencial de ganho de 25% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$3,20.
Da mesma maneira, a Genial Investimentos considerou os números neutros, destacando que eles vieram em linha com o estimado.
O destaque, na visão dos analistas Iago Souza e Nina Mirazon, foram suas margens, com a margem Ebitda atingindo seu maior patamar desde 2021, reflexo “de todo trabalho implementado pelo (i) projeto de eficiência promocional, (ii) melhores negociações com fornecedores, (iii) rentabilização do retail media e (iv) maturação do Orçamento Base Zero”.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações (PCAR3), com preço-alvo de R$4,20 para os próximos 12 meses, com potencial de ganho de 31,25%.
Já para a XP, o resultado foi positivo.
“O GPA reportou uma melhora nos resultados do terceiro trimestre, com a receita pressionada pela otimização do portfólio, uma sólida expansão da margem devido a melhorias operacionais em andamento, mas ainda com prejuízo líquido devido as despesas financeiras”, afirmam os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam a publicação.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações (PCAR3), com preço-alvo de R$5,00, com potencial de ganho de 56,25%.