A China divulgou, na última sexta-feira (8), seus dados de inflação referentes a Outubro.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país recuou -0,3% em comparação a Setembro, depois de permanecer estável no mês anterior.
Quando comparado com o mesmo período de 2023, ele avançou 0,3%, em linha com o projetado e 0,1 ponto percentual abaixo do registrado no comparativo anual de Setembro.
Esse é o menor ritmo de crescimento da inflação do país em quatro meses.
Já o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou queda de -2,9% quando comparado com um ano antes, 0,1 ponto percentual abaixo do registrado em Setembro e 0,4 ponto percentual inferior ao estimado.
De forma geral, os números renovaram a cautela dos especialistas com relação às perspectivas para a demanda interna do país, mesmo depois de uma série de incentivos anunciados pelo governo chinês e um recente corte nas principais taxas de juros chinesas.
Bruce Pang, economista-chefe da JLL, destaca que o impacto das medidas recentes ainda não é óbvio e projeta que o governo terá que anunciar novos estímulos se quiser buscar a meta de crescimento para este ano.
Da mesma maneira, Zhou Maohua, pesquisador macroeconômico do China Everbright Bank, acredita que a apresentação de uma política de ajuste anticíclico deve acontecer em breve e deve melhorar tanto o consumo quanto os investimentos no país.
“Mas uma recuperação no mercado imobiliário doméstico, no consumo das famílias e um equilíbrio entre oferta e demanda levariam algum tempo”, pondera.
Os olhos dos especialistas agora se voltam para os dados setoriais de Outubro, que serão divulgados ainda essa semana, enquanto aguardam uma nova série de medidas a serem anunciadas, conforme prometeu, na semana passada, o Ministro das Finanças do país, Lan Fo’an.