A Raízen (RAIZ4) divulgou, na noite de ontem (12), seu balanço referente ao segundo trimestre da safra 2024/2025.
A companhia reportou prejuízo líquido de R$158,3 milhões, revertendo lucro líquido de R$28,4 milhões registrado um ano antes. Em termos ajustados, o prejuízo foi de R$96,7 milhões revertendo lucro de R$181,3 milhões.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 6,4% em um ano, para R$4,619 bilhões. Em termos ajustados, porém, ele caiu 1,7%, para R$3,662 bilhões.
Sua receita líquida cresceu 22,6% no comparativo anual, para R$72,9 bilhões.
Para a XP, o resultado apresentado pela companhia foi misto, “com um resultado positivo na receita líquida, impulsionado principalmente por maiores vendas de etanol, embora permaneçam posicionados para capturar melhores oportunidades na entressafra, juntamente com desempenhos positivos no açúcar, especialmente no trading”.
“No entanto, a perda no EBITDA ajustado também foi principalmente devido ao etanol, com um mix pior entre hidratado/anhidro vs. usos especiais e exportações, que foi de R$ 3.663 milhões (-3% A/A e -5% vs. XPe)”, afirmam os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak, que assinam a publicação.
“Juntamente com seus lucros, a Companhia anunciou: (i) um contrato de venda de 900 mil toneladas de cana-de-açúcar para um par (equivalente a R$ 300 milhões após impostos) – positivo para a geração de caixa, mas imaterial para a alavancagem –, e (ii) o início dos testes e comissionamento de mais duas plantas de E2G, para as quais mantemos uma visão mista, pois a Raízen informou que a margem de contribuição do E2G aumentou para 52%, embora continue queimando caixa nos próximos anos”.
Dessa maneira, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (RAIZ4), com preço-alvo de R$6,00, com potencial de ganho de 126,42% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$2,65.
Já o Citi considerou os resultados fracos, tendo sido impactados pelos incêndios nos canaviais e por margens menores no segmento de Mobilidade.
Os analistas Gabriel Barra e Pedro Gama acreditam que a companhia está focada na reciclagem de seu portfólio para iniciar a tendência de desalavancagem, o que deve impactar seus resultados futuros. Com isso, eles projetam que a companhia deve atingir o limite inferior de seu guidance para o Ebitda ajustado da safra 2024/2025.
Apesar disso, a dupla manteve recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$4,50, com potencial de ganho de 69,81%.