O IRB (Re) (IRBR3) publicou, na noite de ontem (12), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido de R$115,9 milhões, alta de 142,8% em comparação ao registrado no mesmo período de 2023.
“Os resultados indicam uma tendência positiva e crescente, demostrando a consistência da estratégia de negócios. Neste trimestre, o lucro líquido foi influenciado pelo bom resultado de subscrição. Também registramos o efeito não recorrente da venda de um terreno no Rio de Janeiro”, afirmou seu CEO, Marcos Falcão.
“Vale ressaltar ainda a redução da sinistralidade e do índice combinado. A evolução contínua dos nossos números mostra que o processo de turnaround da companhia está consolidado e termina ainda em 2024. Além disso, evidencia a capacidade de entregar um resultado operacional sustentável, com rentabilidade”.
Seu retorno sobre patrimônio líquido (ROE) avançou 6,2 pontos percentuais em comparação a um ano antes, para 10,8%.
Os prêmios emitidos somaram R$2,2 bilhões, alta anual de 10,1%, com seu volume crescendo 7,1%.
Já o resultado de subscrição totalizou R$117,9 milhões, mais de 10 vezes os R$10,8 milhões registrados um ano antes.
O índice de sinistralidade recuou 6,1 pontos percentuais, para 67,9%, puxada, principalmente, pela queda no segmento Rural, Riscos Especiais e Patrimonial.
“Algumas carteiras tiveram sinistralidade acima do esperado, como Aviação, Responsabilidade e Transporte. No entanto, por serem linhas menos representativas, não mudaram a tendência de redução da sinistralidade da companhia”, acrescenta a companhia.
Para o Safra, o resultado foi sólido, “embora amplamente antecipado pelos números de julho e agosto da SUSEP”.
“O resultado de subscrição dos dois primeiros meses acompanhou esse desempenho em R$ 104 milhões, com o terceiro trimestre encerrando em R$ 118 milhões, sugerindo um setembro mais fraco sem reversões de IBNR”, comentam os analistas Daniel Vaz, Silvio Dória e Maria Luisa Guedes.
“O resultado primário deste trimestre decorreu da venda de terras — um movimento sólido de gestão de ativos, mas não um resultado essencial que indicaria um verdadeiro resultado superado”.
Apesar das melhoras, o trio afirma não enxergar a meta de 95% para o índice combinado refletida no back book de apólices de resseguro (ainda acima de 100%).
Com isso, eles mantiveram recomendação Underperform, equivalente a “Venda”, para suas ações (IRBR3), com preço-alvo de R$45,00, levemente acima do fechamento de ontem, a R$43,48.
O time de análises da Genial também gostou do resultado, que, na visão deles, segue uma trajetória de recuperação.
Apesar disso, os analistas Eduardo Nishio, Henrique Alhante, Felipe Oller, Luis Degaspari e Wagner Biondo afirmam que “ainda não são suficientemente consistentes para adotar uma visão mais otimista sobre a empresa”.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação “Manter”, equivalente a “Neutra”, para suas ações (IRBR3), com preço-alvo de R$47,00, com potencial de ganho de 8,10%.