A Markit Economics divulgou, nesta sexta-feira (22), a prévia dos PMIs das principais economias da Zona do Euro referente a Novembro.
Na Alemanha, o índice referente à indústria registrou alta de 0,2 ponto, para 43,2, enquanto o índice de serviços recuou 2,2 pontos, para 49,4. Com isso, o PMI Composto do país recuou 1,3 ponto, para 47,3.
Na França, o PMI Industrial registrou queda de 1,3 ponto, para 43,2, enquanto o de serviços caiu 3,5 pontos, para 45,7, com o PMI Composto francês recuando de 48,1 pontos para 44,8 pontos.
Dessa maneira, o PMI Industrial da Zona do Euro registrou queda de 0,8 ponto, para 45,2, enquanto o índice de serviços recuou 1,4 ponto, para 49,2. Ambos abaixo do projetado pelos especialistas.
Com as quedas, o PMI Composto do bloco recuou 1,9 ponto, para 48,1.
Preliminar – Zona do Euro | Atual | Projetado | Anterior |
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PMI Industrial (Nov) | 45,2 | 46,0 | 46,0 |
PMI de Serviços (Nov) | 49,2 | 51,6 | 51,6 |
PMI Composto (Nov) | 48,1 | – | 50,0 |
A série de dados divulgados nesta manhã acendeu mais um sinal de alerta para os especialistas, que seguem preocupados com a perspectiva econômica para a Zona do Euro.
“O setor manufatureiro da zona do euro está afundando ainda mais na recessão, e agora o setor de serviços está começando a ter dificuldades após dois meses de crescimento marginal”, comenta Cyrus de la Rubia, economista-chefe do HCOB, que publica o índice em conjunto com a S&P Global.
“Não é nenhuma surpresa, realmente, dada a confusão política nas maiores economias da zona do euro ultimamente”.
La Rubia ainda observa que o ambiente é estagflacionário, com a atividade declinando enquanto os preços de insumos e produtos “estão subindo mais rapidamente”.
“A inflação dos preços de venda do setor de serviços é uma grande dor de cabeça para o BCE”, acrescentou, projetando que, nesse contexto, o Banco Central Europeu (BCE), deve realizar um corte de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) nas taxas de juros do bloco em Dezembro.
Para o time de análises do banco holandês ING, o relatório “é outro alerta para os formuladores de políticas da zona do euro de que a economia continua a mostrar sinais de fraqueza”.
“Novos negócios estão enfraquecendo novamente tanto para a indústria quanto para os serviços, com pedidos de exportação em particular caindo acentuadamente, enquanto a economia da zona do euro luta contra a fraca demanda do exterior”, comentam.
“As empresas também ficaram mais pessimistas sobre as perspectivas para o próximo ano”.
Eles acreditam que os números precedem uma estagnação da economia da Zona do Euro no último trimestre do ano, algo que deve ser levado a sério pelo BCE em sua próxima reunião de política monetária.
O medo é que essa situação se aprofunde no começo do ano que vem caso nada seja feito, levando o bloco a uma recessão.