O BTG Pactual publicou, nesta segunda-feira (25), um relatório em que analisa as recentes notícias relacionadas aos frigoríficos brasileiros e o Carrefour (CRFB3).
Na semana passada, a matriz francesa da varejista informou que não mais venderia proteínas do Mercosul, em uma tentativa de agradar os agricultores franceses, que protestam contra a negociação do acordo com o Mercosul e a União Europeia.
O anúncio pegou as principais companhias do segmento de surpresa, com destaque para as brasileiras, que, em resposta, afirmaram que não mais venderiam seus produtos ao Carrefour Brasil (CRFB3).
O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a postura é inadmissível e defendeu as empresas brasileiras, afirmando que, se nosso produto não serve para os consumidores franceses do Carrefour, também não servem para os consumidores brasileiros.
Para o time de análises do BTG, a queda de braço pode prejudicar as perspectivas de recuperação da rede de supermercados por aqui.
Isso porque, além de corresponder a aproximadamente 10% do total de vendas do Atacadão, que equivale a 70% do total do grupo, o corte também tende a reduzir o fluxo de pessoas nas lojas, reduzindo ainda mais, portanto, as vendas.
Sendo assim, os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Pedro Lima e Luís Mollo reforçaram recomendação “Neutra” para suas ações (CRFB3).