A XP publicou, ontem (26), um relatório em que traz suas conclusões depois de uma rodada de reuniões com investidores e com o CEO e o CFO da Cogna (COGN3).
De acordo com os analistas Rafael Barros e Raphael Elage, que assinam a publicação, os encontros confirmaram suas perspectivas positivas para a empresa.
Três pontos foram destacados pela dupla, sendo o primeiro deles o fato dos seus executivos terem reiterado a expectativa de que a empresa deve continuar a expandir seu lucro operacional.
“Além de uma postura otimista em relação ao crescimento da receita, eles destacaram o fato de que a empresa está operando atualmente com uma capacidade ociosa significativa, que deve ser reduzida por meio de (i) crescimento do volume, impulsionado por números positivos de captação em conjunto com taxas de retenção estáveis a melhores; e (ii) redução da capacidade, já que a empresa continua a devolver propriedades subutilizadas”, comentam os analistas.
Outro destaque é a posição “menos radical” do que a esperada anteriormente.
“Com relação às mudanças esperadas na estrutura regulatória do ensino a distância, os executivos comentaram que as sinalizações mais recentes do Ministério da Educação (MEC) apontam para mudanças que podem ter impacto limitado sobre a lucratividade da empresa”, comentam.
“Isso se deve, em parte, ao fato de que os polos de ensino que oferecem cursos de engenharia e da área de saúde já possuem a infraestrutura necessária para atender às possíveis demandas”.
Ainda assim, a dupla destaca que eles veem a necessidade de ajustar a operação da Cogna para se adaptar a essa nova regulamentação, especialmente com relação aos cursos de licenciatura.
Para terminar, a dupla afirma que, após um “processo de recuperação bem-sucedido”, a empresa conseguiu aumentar seu fluxo de caixa e reduzir sua alavancagem, levando os executivos a projetarem que, assim que a liquidez atingir um nível considerado “mais adequado” para a empresa, dividendos extraordinários e programas de recompra de ações serão considerados por eles.
Com isso, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações (COGN3), com preço-alvo de R$4,20, com potencial de ganho de 185,71% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$1,47.