O Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (3), o Produto Interno Bruto (PIB) do paÃs referente ao terceiro trimestre deste ano.
A economia brasileira cresceu 0,9% no comparativo trimestral, 0,5 ponto percentual abaixo do registrado no perÃodo anterior, porém 0,1 ponto percentual acima do estimado.
Em comparação a um ano antes, o crescimento foi de 4,0%, 0,7 ponto percentual acima do registrado no segundo trimestre do ano e em linha com o projetado pelos especialistas.
Além disso, o IBGE revisou os dados de trimestres anteriores, corrigindo de 2,9% para 3,2% o crescimento registrado em 2023 e de 1,0% para 1,1% o avanço trimestral do quarto trimestre do ano passado para o primeiro trimestre deste ano.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, comentou que o crescimento da economia acima das expectativas mostra que o paÃs está produzindo mais e que as medidas planejadas pelo governo para equilibrar as contas públicas vão fazer com que a economia se fortaleça.
No mercado, especialistas falam em revisão de estimativas de crescimento do paÃs para este ano e, potencialmente, para o ano que vem também.
O time de análises da Nova Futura partilha dessa visão, destacando que essa perspectiva é respaldada no fato de que o resultado divulgado hoje mostra um crescimento disseminado tanto da oferta quanto da demanda.
De acordo com o Boletim Focus divulgado ontem, o mercado prevê que o PIB do paÃs deve avançar 3,22% este ano e 1,95% no ano que vem.
Já com relação aos impactos na polÃtica monetária brasileira, eles divergem.
Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, acredita que o crescimento já estava no radar do comitê e não deve influenciar na decisão de Dezembro, com ela projetando uma alta de 75 pontos-base (0,75 ponto percentual).
Já para a consultoria Capital Economics, apesar da desaceleração apresentada no comparativo trimestral, o resultado na comparação anual coloca ainda mais pressão no Banco Central (BC), principalmente porque o motor de crescimento foi a demanda doméstica.
Sendo assim, eles acreditam que o Comitê de PolÃtica Monetária (Copom) deve elevar a taxa Selic em 75 pontos-base (0,75 ponto percentual) na reunião deste mês, mas admitem que há chance da alta ser ainda maior, chegando a 100 pontos-base (1,00 ponto percentual).
No mercado, aumentaram as apostas em um aumento de maior intensidade na taxa básica de juros, com 67% deles projetando um avanço de 75 pontos-base (0,75 ponto percentual), enquanto 24% deles projetam um avanço de 100 pontos-base (1,00 ponto percentual) e 4,20% deles estimam que o avanço será ainda maior.
Ontem, cerca de 71% do mercado projetava uma alta de 75 pontos-base (0,75 ponto percentual), enquanto 22% projetava um aumento de 100 pontos-base (1,00 ponto percentual) e cerca de 2,5% deles projetavam um avanço ainda maior.