Mercados fecham mistos e treasuries estáveis à espera do Payroll; Ibovespa sobe

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a quinta-feira (5) de forma mista, em sessão marcada por agenda vazia.

Em Wall Street, os três principais índices dos Estados Unidos encerraram o dia no negativo, com os investidores realizando lucro enquanto aguardam a divulgação do Payroll de Novembro, que acontece amanhã cedo.

Hoje, o relatório semanal do programa de pedidos de seguro-desemprego norte-americano atingiu o seu maior patamar em um mês, com 224 mil novas entradas em comparação à semana passada, acima dos 215 mil registrado no relatório anterior e do estimado pelos especialistas.

Na Europa, por outro lado, a sessão foi positiva, apesar da crise política que a França enfrenta. Destaque para o alemão DAX, que renovou sua máxima histórica.

Já na Ásia e na região do Pacífico, o dia foi misto, com destaque para o recuo do sul-coreano Kospi, pressionado tanto pela situação política incerta do país quanto pelo Produto Interno Bruto (PIB) referente ao terceiro trimestre, que apresentou desempenho abaixo do esperado, de acordo com dados divulgados durante a madrugada.

🌎 Estados Unidos:

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries fecham estáveis à espera do Payroll e curva de juros brasileira sobe novamente

No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos fecharam praticamente estáveis, também por conta da espera pelo Payroll.

Já por aqui, os contratos de juros futuros fecharam em alta, apesar dos primeiros passos das medidas fiscais anunciadas pelo governo no Congresso.

Ontem à noite, a Câmara aprovou urgência no PL relacionado ao ajuste do salário mínimo e ao PLP com gatilhos para o arcabouço e bloqueio para emendas.

Dólar cai a R$6,00, pressionado por exterior

O dólar fechou mais um dia em queda perante o real, repercutindo o avanço das medidas fiscais no Congresso e acompanhando o movimento da moeda norte-americana lá fora, com o Índice Dólar voltando a perder os 106 pontos.

Commodities caem

As commodities também fecharam o dia majoritariamente em queda.

O ouro e a prata devolveram parte dos ganhos recentes, com os investidores à espera do Payroll, enquanto o barril de petróleo recuou com o anúncio de que o corte de produção da Opep+ será postergado apenas até Abril do ano que vem, com o grupo agendando outra reunião para Maio para tratar do assunto.

Em Dalian, na China, o minério de ferro também terminou o dia no negativo, devolvendo parte dos ganhos recentes, mas sustentando o patamar de US$110 por tonelada.

Apesar disso, o Bloomberg Commodity Index fechou o dia em leve alta.

Ibovespa sobe e retoma os 127 mil pontos

O Ibovespa fechou o dia em alta sólida, puxado pelo avanço das medidas fiscais anunciadas pelo governo no Congresso.

Com isso, o principal índice acionário do país retomou os 127 mil pontos, chegando, no melhor momento da sessão, a encostar nos 128 mil pontos.

O dia também foi positivo para os setores da bolsa de valores brasileira, com destaque para o imobiliário (IMOB), que subiu mais de 2%, recuperando parte das perdas recentes.

Petrobras e Vale sobem

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em alta, apesar do recuo do barril de petróleo no mercado internacional. Da mesma maneira, os papéis da Vale (VALE3) também subiram, apesar da queda do minério de ferro na China.

O movimento foi ocasionado pelo bom humor que tomou conta do mercado doméstico durante a sessão.

Eletrobras avança 4% e CVC despenca 9%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Eletrobras (ELET3), que subiram 4%, seguidas pelas da Multiplan (MULT3) e pelas units do Iguatemi (IGTI11), que avançaram mais de 3% cada.

Na ponta contrária, apenas 8 ações do principal índice acionário do país recuaram.

O destaque ficou para as da CVC (CVCB3), que, pressionadas pela alta dos contratos de juros futuros, despencaram 9%.

Elas foram seguidas pelas da Hapvida (HAPV3) e da Braskem (BRKM5), que caíram mais de 1% cada, com a última sendo pressionada pelo anúncio de mudanças em suas diretoria executiva.