O Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou, nesta terça-feira (17), uma série de dados setoriais referentes a Novembro.
As vendas do varejo avançaram 0,7% no mês, 0,2 ponto percentual acima do registrado em Outubro e 0,1 ponto percentual superior ao estimado pelos especialistas.
Em comparação ao mesmo mês do ano passado, elas cresceram 3,80%, 0,9 ponto percentual acima do resultado registrado no mês anterior.
O resultado foi puxado pelas vendas do segmento automotivo, com as vendas avançando 0,2% quando essa parcela do varejo é excluída do cálculo, mesmo crescimento registrado em Outubro e 0,2 ponto percentual abaixo do esperado.
Um pouco mais tarde, foi divulgada a produção industrial do país em Novembro, que registrou queda mensal de -0,1%, 0,3 ponto percentual acima do registrado em Outubro, porém 0,4 ponto percentual abaixo do estimado, e anual de -0,90%, 0,45 ponto percentual inferior ao registrado no relatório anterior e 1,00 ponto percentual a menos que o esperado.
O resultado ligou o sinal de alerta entre os especialistas, principalmente por conta do crescimento acima do esperado das vendas no varejo dos Estados Unidos.
Para eles, caso esse crescimento continue, isso poderia puxar a inflação, atrapalhando os planos de flexibilização monetária do Federal Reserve (FED), banco central do país.
Ainda assim, eles não veem impacto na decisão a ser tomada amanhã, prevendo que o FED deve reduzir os juros em 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), para o intervalo entre 4,25%-4,50% ao ano.
No mercado, é praticamente consenso que a autoridade monetária irá anunciar um corte mínimo, de 25 pontos-base, amanhã, com 95,4% dos investidores apostando nisso enquanto 4,6% deles acreditam que o FED deve manter os juros inalterados em 4,50%-4,75% ao ano.
Olhando à frente, a perspectiva do mercado é que sejam anunciados mais dois cortes no ano que vem, sendo o primeiro em Março e o segundo em Outubro, com a taxa de juros norte-americana fechando 2025 entre 3,75%-4,00% ao ano.