O mercado de capitais brasileiro registrou captação líquida de R$43,646 bilhões em Novembro, conforme dados divulgados esta semana pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O resultado foi 51,86% inferior ao registrado em Outubro e o segundo menor de 2024, ficando à frente, apenas, de Janeiro. Em comparação a um ano antes, ele foi 11,13% inferior aos R$49,111 bilhões registrados.
Os especialistas argumentam que, além de ser um mês que, historicamente, é mais fraco para captações, a forte aversão ao risco que tomou conta do mercado doméstico nas últimas semanas foi responsável pelo fraco desempenho.
Na Renda Fixa, o destaque ficou novamente para as debêntures, que registraram captação de R$24,17 bilhões no período, seguidas pelos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), com R$8,88 bilhões captados.
Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) captaram R$4,92 bilhões, enquanto os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) registraram captação de R$2,96 bilhões.
Dentre os Híbridos, os Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) registraram R$871 milhões captados no mês, enquanto os Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (FIAGROs) tiveram R$317 milhões.
Já na Renda Variável, não ocorreram quaisquer operações de subscrição (follow-on) ou de abertura de capital (IPO) em Novembro.
Apesar do resultado fraco no mês passado, o ano de 2024 já é o melhor para o mercado de capitais brasileiro, com captação acumulada de R$677,322 bilhões, a maior da série histórica.
Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da ANBIMA, destaca que desempenho mostra ” a resiliência do mercado de capitais, que vem ampliando seu espaço como fonte de financiamento para empresas de todos os portes e gerando reflexos na economia real do país”.
“Importante destacar ainda a evolução do ponto de vista regulatório, com instrumentos cada vez mais atraentes e acessíveis para companhias e investidores”, acrescenta.