Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a segunda-feira (23) de forma mista, em sessão marcada por liquidez reduzida por conta do Natal e agenda praticamente vazia.
A exceção ficou para o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido referente ao terceiro trimestre do ano, que apresentou desempenho abaixo do esperado, fortalecendo a perspectiva de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) deve reduzir os juros britânicos em breve.
Com isso, o dia na Europa foi majoritariamente negativo, com exceção para o FTSE 100, do Reino Unido.
Por outro lado, mais cedo, os mercados da Ásia e da região do Pacífico fecharam o dia no positivo, com exceção dos índices chineses, que recuaram.
Já em Wall Street, o dia foi de alta, com os três principais índices dos Estados Unidos avançando.
🇺🇸 Dow Jones: 42.906,95 (+0,16%)
🇺🇸 S&P VIX: 16,78 (-8,61%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Treasuries e curva de juros brasileira caem
No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos fecharam em alta, recuperando parte as perdas registradas na sexta.
Por aqui, o movimento visto lá fora acabou influenciando os contratos de juros futuros, que também subiram, recuperando parte das perdas recentes.
Além da influência das treasuries, o movimento da curva de juros brasileira foi ocasionado pelo Boletim Focus dessa semana, que indicou que o mercado prevê que a taxa Selic deve chegar a 14,75% ao ano neste ano e recuar para 11,75% ao ano em 2025, ambos acima do projetado na semana passada, e pela recente decisão do ministro Flavio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender novamente o pagamento de emendas parlamentares, logo após a aprovação das medidas fiscais pelo Congresso.
Na visão dos especialistas, a medida pode dificultar a governabilidade de Lula em um momento crítico para o Planalto, que precisa aprovar o orçamento do ano que vem ainda em Fevereiro.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,233% (-0,70%)
2 anos: 4,342% (+0,70%)
5 anos 4,438% (+1,35%)
10 anos: 4,588% (+1,44%)
30 anos: 4,779% (+1,34%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/26: 15,220% (+1,84%)
Janeiro/27: 15,470% (+2,42%)
Janeiro/29: 15,050% (+2,52%)
Janeiro/31: 14,710% (+2,51%)
Janeiro/33: 14,460% (+2,34%)
Dólar sobe exterior
O dólar fechou o dia em alta sólida, acompanhando o movimento visto lá fora, voltando a superar os R$6,18.
A moeda norte-americana avançou diante de todos os pares acompanhados, puxada pela alta dos rendimentos das treasuries.
Commodities caem
As commodities fecharam o dia em queda, pressionadas pelo avanço do dólar mundo afora.
As exceções foram o minério de ferro, que subiu em Dalian, e a prata.
🌎 Com. Ind.: 97,4865 (-0,08%)
🪨 Min Ferro: US$106,87 (+0,84%)
🛢️ WTI: US$69,24 (-0,31%)
🛢️ Brent: US$72,63 (-0,42%)
🥇 Ouro: US$2.628,20 (-0,64%)
🥈 Prata: US$30,250 (+0,97%)
Ibovespa cai
O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, em sessão marcada por baixa liquidez.
Com isso, o principal índice acionário do país perdeu os 121 mil pontos.
O dia foi negativo, também, para todos os setores da bolsa de valores brasileira, com destaque para o imobiliário (IMOB), que devolveu boa parte dos ganhos de sexta-feira.
🇧🇷 Ibovespa: 120.766,57 (-1,09%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 122.165 (-1,40%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.492,90 (-1,95%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 771,55 (-3,13%)
💡 Elétrico (IEEX): 77.264,14 (-3,14%)
🏭 Industrial (INDX): 26.454,29 (-1,09%)
💰 Financeiro (IFNC): 11.843,48 (-1,27%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.570,94 (-0,52%)
Petrobras e Vale sobem
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em alta, recuperando parte das perdas recentes, apesar do recuo do barril de petróleo no mercado internacional.
Da mesma maneira, os papéis da Vale (VALE3) encerraram o dia novamente no positivo, puxados pelo avanço do minério de ferro em Dalian, na China.
Vale (VALE3): R$54,85 (+0,42%)
Hypera sobe mais de 3% e Azul despenca mais de 9%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Hypera (HYPE3), que avançaram mais de 3% na sessão, seguidas pelas da Suzano (SUZB3), que subiram mais de 2% com o anúncio de aumento no preço da celulose feito pela companhia hoje, e da IRB (Re) (IRBR3), que também registraram alta superior a 2%, puxadas pelo resultado da companhia em Outubro.
Na ponta contrária, o destaque ficou para os papéis da Azul (AZUL4), que despencaram mais de 9%, depois do rebaixamento de sua nota de crédito, promovido pela Fitch.
Completam o trio as ações da Brava (BRAV3), que caíram mais de 7%, e da Alpargatas (ALPA4), que recuaram mais de 6%.