O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (27), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua referente a Novembro.
A taxa de desemprego do país recuou 0,1 ponto percentual em comparação ao registrado em Outubro, para 6,1%, em linha com o projetado pelos especialistas. Essa é a menor taxa já registrada na série histórica, iniciada em 2012.
Com relação ao rendimento dos brasileiros, ele permaneceu estável em comparação ao trimestre móvel encerrado em Outubro e registrou alta de 3,4% em um ano, para R$3.285,00.
Já a massa de rendimento real habitual cresceu 2,1% no comparativo com o trimestre móvel e 7,2% no comparativo anual, para R$332,7 bilhões, também um recorde histórico.
Em outro relatório, publicado mais tarde pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Índice de Evolução de Emprego do Caged registrou saldo líquido de 106.625 empregos formais gerados em Novembro, abaixo da expectativa de 125 mil dos especialistas e dos 132,71 mil de Outubro.
O resultado foi puxado pelos setores de Serviços, com 67.717 vagas, e Comércio, com 94.572 vagas, enquanto a Construção Civil, Indústria e Agropecuária fecharam 30.091 vagas, 6.678 vagas e 18.887 vagas, respectivamente.
No ano, o Caged registrou saldo positivo de 2.224.102 vagas formais de emprego geradas.
De forma geral, os especialistas argumentam que, apesar da desaceleração maior do que a prevista do Caged, o mercado de trabalho brasileiro segue aquecido, o que tem pressionado a inflação, principalmente a de serviços e serviços subjacentes, como foi possível verificar no IPCA-15 de Dezembro, também divulgado hoje.
Sendo assim, os números apresentados corroboram o cenário atual e fortalecem a necessidade de uma Selic mais alta no futuro próximo.