Mercados e treasuries fecham mistos; Ibovespa cai

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a sexta-feira (27) de forma mista, em mais uma sessão de liquidez reduzida mundo afora.

Pela manhã, os principais índices da Ásia e da região do Pacífico encerraram o dia sem viés definido, com destaque para o avanço do Nikkei 225, do Japão, puxado pelos dados setoriais do país melhores que o esperado.

Na Europa, o dia foi de alta na volta do feriado de Natal, com os investidores repercutindo a dissolução do parlamento alemão e a convocação de novas eleições para Fevereiro do ano que vem.

Já em Wall Street, o dia foi de queda, dando continuidade ao movimento iniciado no fim da tarde de ontem, em dia marcado por agenda vazia por lá.

🌎 Estados Unidos:

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries fecham mistas e curva de juros brasileira sobe novamente

No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos fecharam novamente de forma mista, com os vencimentos de curto prazo caindo enquanto os de médio e longo prazo subiram.

Por aqui, os contratos de juros futuros fecharam o dia novamente em alta ao longo de toda a curva, apesar da desaceleração da inflação medida pelo IPCA-15 em Dezembro, que encerrou o ano acumulado em 4,71%, 0,21 ponto percentual acima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), porém abaixo do projetado pelos especialistas.

O movimento da curva de juros brasileira foi influenciado tanto pelos dados do mercado de trabalho do país, com a taxa de desemprego atingindo a mínima histórica em Novembro, a 6,1%, quanto, e principalmente, pelo impasse entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso na questão das emendas.

Hoje, o ministro Flavio Dino cobrou mais explicações sobre o repasse das emendas e estipulou, como horário limite, as 20h00, mesmo depois do presidente da Câmara, Arthur Lira, alegar que os congressistas fizeram tudo conforme o acordado com o governo.

A continuidade da questão preocupa os especialistas por conta da potencial interferência que ela pode gerar na governabilidade de Lula, que precisa aprovar, ainda no começo do ano que vem, o Orçamento de 2025.

Dólar sobe com emergentes

O dólar fechou o dia em alta, puxado pela cautela dos investidores com a questão das emendas e pelo avanço da moeda norte-americana diante dos emergentes lá fora, apesar dela ter caído perante os principais pares.

Commodities fecham mistas

As commodities fecharam o dia novamente de forma mista.

O petróleo subiu, recuperando parte das perdas recentes, puxado pela queda nos estoques norte-americanos.

Por outro lado, o ouro e a prata fecharam o dia em queda, repercutindo o avanço dos rendimentos das treasuries de médio e longo prazo.

Mais cedo, o minério de ferro voltou a recuar, com os investidores à espera de um pacote de medidas do governo chinês, que pode ser anunciado nos próximos dias.

Ibovespa cai e perde os 121 mil pontos

Por aqui, o a cautela com o impasse das emendas e o mal humor em Wall Street pesaram sobre o Ibovespa, que fechou o dia em queda.

Com isso, o principal índice acionário do país voltou a perder os recém-reconquistados 121 mil pontos.

O dia foi negativo, também, para todos os setores da bolsa de valores brasileira.

Petrobras e Vale caem

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em queda, devolvendo parte dos ganhos recentes apesar da alta do barril de petróleo no mercado internacional.

Da mesma maneira, os papéis da Vale (VALE3) encerraram o dia em baixa, pressionados pelo recuo do minério de ferro em Dalian, na China.

Brava dispara mais de 10% e Vamos cai mais de 7%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Brava (BRAV3), que dispararam mais de 10%, puxadas pelo avanço do barril de petróleo no mercado internacional, depois de subirem mais de 6% ontem.

Completam o trio positivo os papéis da Petz (PETZ3), que avançaram mais de 3%, e da PetroReconcavo (RECV3), que registraram alta de mais de 2%.

Na ponta contrária, as ações da Vamos (VAMO3) recuaram mais de 7%, seguidas pelas do Carrefour (CRFB3), que caíram mais de 4%, e da LWSA (LWSA3), que fecharam em queda de mais de 3%, com as três pressionadas pelo novo avanço da curva de juros brasileira.