Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a segunda-feira majoritariamente em alta, puxados tanto por dados divulgados quanto pelos rumores de que o pacote tarifário de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, será mais brando do que ele prometeu durante sua campanha presidencial.
De acordo com o Washington Post, assessores econômicos de Trump trabalham em um pacote que taxaria apenas as importações que possam gerar risco econômico ou para a segurança do país.
O rumor indica uma mudança drástica na política econômica do presidente eleito, que prometeu durante a campanha taxar universalmente qualquer importação em 10% a 20%.
Nesse contexto, Wall Street fortaleceu fechou o dia de forma mista, impactada, também, pelo avanço menor do que o previsto do PMI de serviços do país em Dezembro.
Na Europa, respondendo aos rumores relacionados a Trump, os principais do continente subiram nesta segunda.
Além disso, o PMI de serviços da Zona do Euro subiu mais que o previsto no mês passado, ofuscando a alta maior que a prevista da prévia da inflação alemã em Dezembro e respaldando o avanço dos mercados do bloco, enquanto o índice do Reino Unido cresceu menos que o esperado, o que, pela manhã, pressionava o britânico FTSE 100.
Mais cedo, na Ásia e na região do Pacífico, o dia foi misto, com destaque para a queda do mercado chinês, apesar do avanço do PMI de Serviços do país em Dezembro.
🇺🇸 Dow Jones: 42.706,69 (-0,06%)
🇺🇸 S&P VIX: 16,05 (-0,43%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Treasuries sobem e curva de juros brasileira cai
Ainda que a notícia relacionada ao futuro governo de Trump, que assume ainda esse mês, tenha movimentado os mercados acionários, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos fecharam mistos, com os vencimentos de curto e médio prazo tendo leve queda enquanto os de longo prazo subiram.
Por aqui, os contratos de juros futuros fecharam o dia em queda ao longo de toda a curva, repercutindo, também, a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que vai falar com o relator do Orçamento deste ano na Câmara para adequá-lo às regras do arcabouço fiscal.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,176% (+0,05%)
2 anos: 4,264% (-0,35%)
5 anos 4,417% (+0,16%)
10 anos: 4,613% (+0,39%)
30 anos: 4,845% (+0,62%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/26: 14,970% (-0,60%)
Janeiro/27: 15,340% (-1,03%)
Janeiro/29: 15,045% (-1,80%)
Janeiro/31: 14,750% (-1,86%)
Janeiro/33: 14,500% (-1,89%)
Dólar cai com Trump
O dólar fechou o dia em queda sólida perante o real, repercutindo os rumores relacionados à política tarifária de Donald Trump.
Lá fora, a moeda norte-americana encerrou a sessão majoritariamente em queda, com exceção diante do yuan, da China, e o iene, do Japão.
Commodities fecham em queda
As commodities encerraram o dia em queda, pressionadas pelo recuo dos mercados chineses.
Destaque para o minério de ferro, que caiu mais de 2% em Dalian.
🌎 Com. Ind.: 99,2611 (+0,78%)
🪨 Min Ferro: US$102,62 (-2,20%)
🛢️ WTI: US$73,56 (-0,54%)
🛢️ Brent: US$76,30 (-0,27%)
🥇 Ouro: US$2.643,90 (-0,41%)
🥈 Prata: US$30,450 (+1,28%)
Ibovespa sobe e retoma os 120 mil pontos
O Ibovespa fechou o dia em alta nesta segunda, retomando os 119 mil pontos.
O avanço poderia ter sido maior, não fossem os recuos dos papéis da Vale e da Petrobras (ver abaixo).
Os setores da bolsa de valores brasileira também fecharam o dia em alta sólida, com destaque para o setor financeiro (IFNC).
🇧🇷 Ibovespa: 120.921,52 (+1,26%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 121.100 (+1,31%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.423,81 (+1,95%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 762,87 (+2,20%)
💡 Elétrico (IEEX): 77.305,99 (+2,05%)
🏭 Industrial (INDX): 25.747,52 (+0,57%)
💰 Financeiro (IFNC): 11.917,46 (+2,52%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.437,02 (+1,02%)
Petrobras e Vale caem novamente
As ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em queda, pressionadas pelos recuos do minério de ferro e do petróleo, respectivamente, no mercado internacional.
Vale (VALE3): R$52,56 (-1,28%)
Azul dispara mais de 14% e Marfrig recua mais de 2%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Azul (AZUL4), que dispararam mais de 14%, puxadas por um combo de queda no barril de petróleo, dólar e curva de juros brasileira.
Além delas, completam o trio os papéis da Yduqs (YDUQ3), que subiram mais de 10%, e do Carrefour (CRFB3), que avançaram quase 10%, puxadas pelo recuo sólido da curva de juros brasileira.
Na ponta contrária, a queda do dólar pressionou as ações da Marfrig (MRFG3), que caíram mais de 2%, enquanto o recuo do petróleo acabou impactando negativamente os papéis da PetroReconcavo (RECV3), que registraram queda de 2%, e a baixa do minério de ferro em Dallian pressionou a Vale (VALE3).