O Instituto Nacional de Estatísticas do Reino Unido divulgou, nesta terça-feira (21) uma série de dados relacionados ao mercado de trabalho britânico.
A taxa de desemprego na região aumentou 0,1 ponto percentual em Novembro, para 4,4%, ante expectativa de manutenção dos 4,3% registrados em Outubro.
A variação do emprego, calculada trimestralmente, caiu de 173 mil no período móvel até Outubro para 35 mil no período móvel até Novembro, em linha com o estimado pelos especialistas.
Por outro lado, os salários dos britânicos cresceram 5,6% quando comparados com um ano antes, apresentando desempenho 0,4 ponto percentual acima do registrado em Outubro e 0,1 ponto percentual acima do estimado.
De forma geral, os números foram bem recebidos pelos especialistas, apesar do crescimento salarial acima do esperado, já que o relatório de hoje corrobora a perspectiva de que o mercado de trabalho do Reino Unido segue esfriando pouco a pouco.
Além disso, alguns deles argumentam que, quando olham-se outras medidas, como é o caso das vagas geradas em setores que não são impulsionados pelo governo, como é o caso da educação e da saúde, houve uma queda, com a maioria deles mantendo taxas de vagas abaixo dos níveis pré-Covid.
Sendo assim, eles projetam que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) deve manter seu plano de reduzir a taxa de juros britânica gradualmente ao longo deste ano.
O time de análise econômica do banco holandês ING partilha dessa visão.
“Nada aqui deve mudar a história do Banco da Inglaterra drasticamente, e parece que os formuladores de políticas estão a caminho de continuar gradualmente reduzindo as taxas e provavelmente mais rapidamente do que os mercados esperam agora”, afirmam, em relatório publicado e enviado hoje a clientes.
“Os investidores estão precificando amplamente um corte de taxa em fevereiro, mas apenas 60 pontos-base [0,60 ponto percentual] de flexibilização total neste ano”.
Da mesma maneira, a Capital Economics acredita que, mesmo com os dados salariais levemente acima do projetado, “o BoE cortará a taxa de juros na próxima reunião, em Fevereiro, de 4,75% para 4,50%, e continuará a cortá-la gradualmente depois disso”.