A XP publicou ontem (28) um relatório em que traz suas perspectivas para o resultado da BRF (BRFS3) referente ao quarto trimestre do ano passado.
Para os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak, os números devem ser sólidos, “embora ligeiramente piores do que o anteriormente antecipado”.
Na visão do trio, o momentinho do Brasil deve continuar forte, já que frango e suínos estão se beneficiando de restrições de oferta, preços mais altos da carne bovina e exportações fortes.
Eles ainda lembram que, historicamente, o último trimestre do ano tende a ser melhor.
Com isso, eles projetam um aumento trimestral de 18% na receita Brasil, puxado por uma alta de 8% nos volumes e de 9% nos preços.
Dessa maneira, a margem Ebitda ajustada deve avançar 120 pontos-base (1,20 ponto percentual) no comparativo trimestral, para 17,8%, com seu Ebitda ajustado crescendo 26% no trimestre e 32% no ano, para R$1,5 bilhão.
Já com relação à divisão internacional, o time de análises afirma que, após a disparada ocasionada no trimestre anterior, ela enfrenta “comparações difíceis”.
“Além disso, a unidade de negócios ainda precisa refletir a melhor taxa de câmbio (BRL/USD), enquanto os COGs provavelmente serão mais altos pelo mesmo motivo”, acrescentam.
Eles esperam que a receita aumente 4% no comparativo trimestral, impulsionada por um avanço de 1% no volume e de 3% nos preços.
“O aumento de preços não será suficiente para compensar os custos mais altos, e, portanto, projetamos que a margem Ebitda ajustada diminua 250bps [250 pontos-base ou 2,50 ponto percentual] para 19,8%. Como resultado, projetamos um EBITDA ajustado de R$1,5 bilhão (-8% T/T e +118% A/A)”, concluem.
A XP tem recomendação de “Compra” para as ações da BRF (BRFS3), com preço-alvo de R$30,70, com potencial de ganho de 39,55% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$22,00.
A companhia divulga seus resultados dia 26 de Fevereiro.