A China divulgou, no último sábado (8), seus dados de inflação referentes a Janeiro.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,7% no comparativo mensal, depois de permanecer estável (0,00%) em Dezembro.
Em comparação a um ano antes, ela registrou alta de 0,5%, seu maior patamar dos últimos cinco meses e 0,4 ponto percentual superior ao registrado no relatório anterior.
Apesar de não ter conseguido subir os 0,8% estimado pelos especialistas no comparativo mensal, ela superou as expectativas em 0,1 ponto percentual no comparativo anual.
O núcleo do índice, quando são descontados os preços alimentos e combustíveis, subiu 0,6% em comparação ao mesmo mês de 2024, 0,2 ponto percentual acima do resultado registrado em Dezembro.
Já o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que mede a inflação da indústria do país, registrou nova queda de -2,3%, assim como em Dezembro. O resultado foi levemente abaixo dos -2,2% projetados.
Os especialistas destacam que o resultado do CPI foi influenciado pelo Ano Novo Lunar, feriado de 7 dias no país que ocorre em Janeiro, enquanto o PPI indica a manutenção de uma atividade fabril fraca, pressionada por uma demanda interna ainda baixa, o que preocupa.
Apesar das preocupações, eles não acreditam que o governo chinês deve mexer tão cedo em suas políticas monetária e fiscal, principalmente depois do pacote de medidas anunciados ao longo do último trimestre do ano passado.
Para Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management, essa espera por novos anúncios deve se prolongar até pelo menos Março, quando ocorre a sessão parlamentar anual no país.
“Para os formuladores de políticas, a incerteza externa parece ter uma classificação mais alta do que os desafios econômicos internos neste momento”, acrescentou ele.
Isso porque, além dos desafios a serem enfrentados para estimular o consumo internamente, as autoridades chinesas também terão que lidar com novas taxas a seus produtos exportados.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criou novas tarifas aos produtos vindos da segunda maior economia do mundo logo em sua primeira semana de mandato. Em resposta, a China também taxou produtos norte-americanos.