O presidente do Federl Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, voltou a afirmr, nesta terça-feira (11), que não existe pressa em reduzir a taxa de juros norte-americana.
Em comentários feitos ao Comitê Bancário do Senado, Powell destacou que a economia do país segue forte “no geral”, com um mercado de trabalho sólido e um processo desinflacionário que segue rumo à meta de 2% imposta ao FED.
“Com nossa postura política agora significativamente menos restritiva do que era e a economia permanecendo forte, não precisamos ter pressa para ajustar nossa postura política”, pontuou.
“Sabemos que reduzir a contenção política muito rápido ou de forma drástica pode prejudicar o progresso na inflação. Ao mesmo tempo, reduzir a contenção política muito lentamente ou muito pouco pode enfraquecer indevidamente a atividade econômica e o emprego”.
Os comentários dão forças à perspectiva de que a autoridade monetária dos Estados Unidos devem manter os juros elevados por mais tempo, principalmente enquanto aguarda um posicionamento mais sólido com relação às políticas econômicas do novo governo de Donald Trump.
Para os especialistas, isso pode significar que ela deverá voltar a cortar os juros do país apenas no segundo semestre deste ano, com eles se dividindo entre mais uma ou duas vezes.
No mercado, as apostas em uma nova redução passaram para Julho, de Junho, porém o percentual de investidores que projetam que a taxa de juros deverá permanecer inalterada aumentou, passando a 37,4%, conforme dados compilados pela ferramenta FEDWatch, do CME Group.
O próximo encontro do comitê de política monetária do FED (FOMC, na sigla em inglês) está marcado para os dias 18 e 19 de Março, com a massiva maioria do mercado (95,5%) projetando que os juros deverão ficar inalterados na ocasião, enquanto 4,5% dos investidores projetam um corte mínimo, de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual).