O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (12), sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) referente a Dezembro.
O setor apresentou queda de -0,5% no comparativo mensal, depois de recuar -1,4% em Novembro (revisado para baixo, de -0,9%). Os especialistas projetavam alta de 0,1% para o período.
O resultado foi pressionado pela categoria Outros Serviços, que caiu -4,2% em comparação ao mês anterior, a maior para ele desde Janeiro de 2023, quando recuou -11,2%.
Na ponta contrária, o segmento Serviços Prestados à Família avançou 0,8%, seguido por Transportes, que cresceu 0,1% depois de cair -3,5% em Novembro.
Em comparação a um ano antes, o volume de serviços cresceu 2,4%, em linha com o registrado no relatório anterior.
No acumulado do ano, seu crescimento foi de 3,1%.
De forma geral, os especialistas foram pegos de surpresa com o resultado, com serviços acumulando queda de -1,9% nos dois últimos meses de 2024.
Apesar disso, as perspectivas para um crescimento robusto do Produto Interno Bruto (PIB) nos três últimos meses do ano e, consequentemente, em 2024, seguem.
Olhando à frente, eles estimam que o processo de desaceleração deve continuar, principalmente por conta do novo ciclo de aperto monetário promovido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Ainda assim, alguns deles começam a admitir que pode não ser necessário que a taxa Selic ultrapasse os 15% ao ano, mas não alteraram suas projeções.
De acordo com o último Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (10), o mercado prevê que ela deve encerrar 2025 neste exato patamar.