Mercados fecham majoritariamente positivos e treasuries caem com PPI; Ibovespa acompanha

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a quinta-feira majoritariamente em alta, apesar do anúncio das tarifas recíprocas a produtos importados para os Estados Unidos.

O memorando assinado pelo presidente norte-americano orienta o governo a equivaler taxas impostas a produtos exportados pelo país.

Durante sua explicação, Trump usou como exemplo o etanol, com o Brasil taxando o produto vindo dos Estados Unidos em 18%, enquanto o país taxa o produto brasileiro em 2,5%.

A tendência, portanto, é que os EUA passem a taxar o etanol brasileiro em 18%.

“Os outros países podem reduzir ou eliminar suas tarifas. Queremos um sistema nivelado”, afirmou ele.

Voltando ao mercado, o bom desempenho foi puxado pelos dados de inflação ao produtor norte-americano referentes a Janeiro.

O índice desacelerou 0,1 ponto percentual em comparação ao mês anterior, para 0,4%, e em comparação a um ano antes, para 3,4%.

Apesar disso, o resultado foi acima do estimado pelos especialistas, que previam alta de 0,3% no mês e 3,2% em um ano.

Em Wall Street, os três principais índices dos Estados Unidos subiram de forma sólida, após dois dias sem viés.

Na Europa, os mercados avançaram novamente, mantendo a tendência positiva dos últimos dias.

A exceção ficou para o FTSE 100, que recuou depois do PIB acima do esperado em Dezembro e no quarto trimestre surpreenderem positivamente, renduzindo as expectativas de um novo corte nos juros britânicos em breve.

Já na Ásia e na região do Pacífico, o dia foi misto, com os índices chineses e o Hang Seng, de Hong Kong, recuando, pressionados pela tarifas recíprocas anunciadas por Trump.

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries e curva de juros brasileira caem

Os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos recuaram ao longo de toda a curva, também repercutindo o PPI (sigla em inglês para Índice de Preços ao Produtor).

Por aqui, os contratos de juros futuros também caíram, acompanhando o exterior e repercutindo os dados do varejo brasileiro de Dezembro, que apresentaram desempenho abaixo do esperado.

Dólar sobe, na contramão do mundo

O dólar fechou o dia em leve alta por aqui, recuperando parte das perdas recentes.

O movimento foi contrário ao visto lá fora, com a moeda norte-americana acompanhando o rendimento das treasuries e encerrando a sessão em queda perante todos os pares acompanhados.

Commodities fecham mistas novamente

As commodities encerraram a sessão novamente de forma mista nesta quinta.

O petróleo, fechou novamente em queda, ainda repercutindo a possibilidade do fim da guerra da Rússia com a Ucrânia estar próximo.

Mais cedo, o minério de ferro também recuou em Dalian, pressionado pelo mal humor do mercado chinês.

O ouro e a prata, por sua vez, subiram, puxados pelo alívio nos rendimentos das treasuries.

Ibovespa sobe com Wall Street

Por aqui, o Ibovespa fechou o dia em alta, recuperando parte das perdas de ontem, puxado pelo avanço de Wall Street.

O di foi positivo também para os setores da bolsa de valores brasileira, com exceção do de consumo (ICON), que recuou, repercutindo os dados do setor de varejo referente a Dezembro.

Petrobras e Vale sobem

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3) fecharam o dia em alta, ignorando os recuos do petróleo e do minério de ferro, respectivamente.

O movimento foi ocasionado pela repercussão das tarifas anunciadas por Trump hoje, consideradas mais brandas do que o esperado.

Braskem sobe mais de 5% e BRF ci mis de 3%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Braskem (BRKM5), que subiram mais de 5%, seguidas pelas da Usiminas (USIM5) e da CSN Mineração (CMIN3), que avançaram mais de 3%, puxadas pelo tom mais brando das tarifas impostas por Trump.

Na ponta contrária, os papéis da BRF (BRFS3) foram destaque, sendo seguidos pelos da Automob (AMOB3) e da Marfrig (MRFG3), com as três caindo mais de 3%.