Os fundos de investimento registraram retirada líquida de R$16,9 milhões, de acordo com dados divulgados na semana passada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Apenas os Fundos de Investimento em Renda Fixa, os Fundos de Investimento em Participação (FIPs) e os Exchange Traded Funds (ETFs) registraram resultado positivo, captando R$38,498 bilhões, R$2,283 bilhões e R$2,087 bilhões, respectivamente.
Na ponta contrária, o destaque ficou para os Fundos de Investimento em Multimercados (FIMs), que registraram retirada de R$22,505 bilhões, não conseguindo reverter a tendência negativa iniciada em 2023.
A categoria é seguida pelos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que tiveram saque de R$10,050 bilhões, e pelos Fundos de Investimento em Ações (FIAs), com resultado negativo de R$9,782 bilhões.
Vale destacar também a performance negativa dos Fundos de Previdência, encerrando uma sequência positiva ao longo de todo o ano passado e registrando retirada líquida de R$748,5 milhões.
Para os especialistas consultados pela Investir Seguro, a alta taxa de juros tem levado investidores a optarem por migrar para a renda fixa, principalmente quando se trata de categorias mais voláteis, como é o caso dos FIAs.
Já com relação aos FIDCs, que tiveram resultado positivo todos os meses do ano passado, alguns deles argumentam que uma possibilidade para a quebra da sequência é a perspectiva de elevação da inadimplência por conta dos juros altos, que pode ter desencorajado os investidores.