O Iguatemi (IGTI11) divulgou, na noite de ontem (18), seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.
A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$164,1 milhões, 21,9% acima do registrado no mesmo período de 2023.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 19,4% em um ano, para R$315,3 milhões, com sua margem Ebitda ajustada crescendo 4,2 pontos percentuais, para 84,0%.
O resultado também foi bem superior ao estimado pelos analistas, com o consenso LSEG apontando Ebitda de R$284,7 milhões.
Sua receita líquida no período foi de R$375,2 milhões, alta de 13,5% no comparativo anual.
Já seu fluxo de caixa operacional (FFO) ajustado cresceu 23,3% em comparação a um ano antes, para R$219,3 milhões, fazendo com que a sua alavancagem (dívida líquida/Ebitda) recuasse 0,07x, para 1,84x.
Para 2025, o Iguatemi projeta um crescimento de sua receita líquida entre 7% e 11%, com sua margem Ebitda ficando entre 75% e 79%.
Com relação aos investimentos a serem feitos, a companhia estima de R$330 milhões a R$400 milhões.
O resultado foi bem recebido pelos analistas.
Para a XP, ele foi “robusto”.
“Operacionalmente, observamos mais um trimestre forte, com o vendas em mesma área aumentando 11,1% A/A e 9% em janeiro, enquanto (i) a taxa de ocupação aumentou de forma consistente para 97,7% (+70 bps vs. XPe), (ii) os custos de ocupação caíram para 10,5% (-60 bps A/A) e (iii) a inadimplência líquida permaneceu em níveis negativos (-3,0%)”, afirmam os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton, que assinam a publicação.
“Observamos um crescimento positivo da receita líquida (+13% A/A), com uma contribuição sólida das operações de locação e varejo. Além disso, as vendas de frações de terrenos e o ‘key money’ impulsionaram uma forte expansão da margem EBITDA (+4,2 p.p. A/A), apoiando um crescimento sólido do FFO (+23% A/A e +7% vs. XPe)”.
Com relação ao guidance da companhia, a dupla o considerou “positivo”.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas units (IGTI11) e o posto de Top Pick do setor, com preço-alvo de R$32,50, com potencial de ganho de 64,64% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$19,74.
Da mesma maneira, os analistas da Genial Investimentos também elogiaram o resultado apresentado, destacando a “taxa de ocupação altíssima e inadimplência negativa”.
Do ponto de vista operacional, os analistas Luis Assis e Bernardo Noel, que assinam a publicação, destacam o crescimento de 9,8% das vendas em mesma loja (SSS, na sigla em inglês), que mostra “a força das lojas nos shoppings de administradoras de mais alto padrão”.
A Genial está revendo a recomendação para as units do Iguatemi.
O resultado também agradou o time de análises do JPMorgan, que destacaram o FFO ajustado que a companhia registrou.
Apesar do bom desempenho, seus analistas apontaram o crescimento das vendas dos lojistas menor que da Multiplan (MULT3), o que, na visão deles, é um desafio que o Iguatemi terá de enfrentar este ano.
Além disso, eles também citam as despesas administrativas mais altas e o patamar elevado de impostos efetivos como outros dois pontos a se atentar.
Com isso, a instituição manteve recomendação “Neutra” para suas units (IGTI11), com preço-alvo de R$27,00, com potencial de ganho de 36,78%.