A MRV (MRVE3) divulgou, na noite de ontem (24), seu balanço referente ao quarto trimestre de 2024.
A companhia reportou prejuízo líquido ajustado de R$153,8 milhões, ampliando o resultado negativo de R$125,5 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Seu braço de incorporação, composto pelas marcas MRV e Resia, registraram lucro líquido ajustado de R$78 milhões, revertendo prejuízo de R$31 milhões de um ano antes.
O desempenho foi impactado diretamente pelo resultado da Resia, que registrou prejuízo líquido ajustado de R$237,2 milhões, afetada pelo cenário de juro elevado nos EUA e mudanças cambiais.
Com relação ao seu guidance do ano passado, a companhia cumpriu todas as suas projeções, com destaque para o lucro acumulado do setor de incorporação, que atingiu R$274,4 milhões, permanecendo na faixa entre R$250 milhões e R$290 milhões.
O time de análises do Santander destacou, em relatório enviado a clientes, que o desempenho da companhia foi prejudicado por perdas maiores do que o previsto da Resia.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$10,00, com potencial de ganho de 86,92% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$5,35.
Os analistas do Safra consideraram o resultado misto, com o contraste entre as operações brasileira e norte-americana.
“Por um lado, a empresa apresentou resultados encorajadores na operação brasileira, com um desempenho mais forte do que o esperado contribuindo para um lucro líquido de R$ 274 milhões em 2024 – acima da faixa média de sua orientação de R$ 250 milhões a R$ 290 milhões”, afirmam Rafael Rehder e Luiz Peçanha, que assinam a publicação.
“No entanto, a Resia continua com desempenho inferior, ficando aquém de nossas estimativas já pessimistas, o que pode moldar o sentimento de mercado de hoje”.
Sendo assim, a dupla optou por manter recomendação “Neutra” para suas ações (MRVE3), com preço-alvo de R$7,90, com potencial de ganho de 47,66%.
Eles argumentam que embora acreditem que o plano de redução de pessoal da Resia deva dar frutos no longo prazo, “ele deve ter um grande impacto no P&L da empresa em 2025, continuando a obscurecer e poluir seus resultados”.
Para o Bradesco BBI, o resultado foi levemente positivo, destacando que a companhia apresentou evolução nos números, principalmente com relação às suas margens no Brasil e sua geração de caixa.
Com isso, seus analistas reforçaram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (MRVE3), com preço-alvo de R$11,00, com potencial de ganho de 105,61%.