O Grupo Mateus (GMAT3) publicou, na noite de ontem (24), seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.
A companhia reportou lucro líquido, excluindo efeitos extraordinários, de R$388 milhões, tendo avançado 16,9% em comparação ao mesmo período de 2023.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pós IFRS-16 teve alta anual de 30,1%, para R$730 milhões.
Com isso, sua margem Ebitda pós IFRS-16 subiu 0,9 ponto percentual em um ano, para 8,4%.
Já sua receita líquida teve crescimento de 15,7% no comparativo anual, somando R$8,727 bilhões.
Para o time de análises da Genial Investimentos, apesar de dentro do esperado, o resultado “tinha potencial para ser mais”.
“Apesar do lucro líquido se consolidar 8,8% acima de nossa estimativa, impactado por um aumento na linha de “Outras receitas financeiras”, operacionalmente foi um resultado que deixou a desejar no crescimento do faturamento, ficando bem abaixo dos pares”, comentam os analistas Iago Souza e Nina Mirazon, que assinam a publicação.
A dupla argumenta que, olhando os números referentes às vendas em mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), foi observada “uma performance fraca nas bandeiras alimentares”.
“Apesar do aumento de preços voltar a contribuir para o crescimento da receita no 4T24, entendemos que houve uma retração do volume de vendas no último mês do ano, resultando em uma fracos níveis de Same Store Sales, tanto para o Varejo (SSS de +3,7% a/a), quanto para o Cash & Carry (+2,1% a/a)”, explicam.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (GMAT3), com preço-alvo de R$9,00, com potencial de ganho de 32,74% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$6,78.
Para a XP, o trimestre foi misto.
“O Grupo Mateus reportou resultados mistos no quarto trimestre, com desaceleração do crescimento da receita e deterioração da dinâmica de capital de giro, mas rentabilidade melhor e geração de caixa”, comentam os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam a publicação.
Dessa maneira, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (GMAT3), também com preço-alvo de R$9,00.
Da mesma maneira, o Safra classificou o resultado como “neutro”.
“Vemos os resultados como neutros, pois a empresa manteve seu ritmo sólido de crescimento, com melhoria da margem bruta e expansão da margem EBITDA, o que levou a uma melhora no EBITDA e resultado líquido”, afirmam os analistas Vitor Pini, Tales Granello e Renan Sartorio, que assinam a publicação.
“No entanto, os piores termos comerciais com fornecedores (queda de 8 dias YoY [comparativo anual] em dias de recebíveis) e o ciclo de caixa estável YoY devem ser monitorados de perto nos próximos trimestres, pois a melhoria do capital de giro é uma das principais alavancas para as ações”.
O trio ainda demonstra preocupação com o desempenho das vendas em mesmas lojas do segmento C&C em 2%, “a impressão mais baixa entre os participantes listados”.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações, com preço-alvo de R$7,50, com potencial de ganho de 10,62%.