A Telefônica (VIVT3) divulgou, na noite de ontem (25), seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.
A companhia reportou lucro líquido de R$1,76 bilhão, alta de 10,1% quando comparado com o mesmo período de 2023.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 7,8% em um ano, para R$6,2 bilhões, com sua margem Ebitda permanecendo estável em 42,5%.
Já sua receita operacional líquida cresceu 7,7% no comparativo anual, para R$14,581 bilhões.
Em paralelo, a companhia anunciou um novo programa de recompra de até 34,7 milhões de ações e com duração de 12 meses.
A XP considerou o resultado neutro, destacando, do lado positivo, um crescimento de receita em linha com a projeção de seus analistas e um lucro por ação acima do esperado, “impulsionado principalmente por reversões de contingências regulatórias”.
Apesar dos números positivos, o analista Bernardo Guttman, que assina a publicação, destaca que a companhia apresentou “algumas estimativas sobre a migração das concessões de voz fixa para autorização” e que elas devem frustrar o mercado.
“A empresa estima que as obrigações incorridas tenham um VPL negativo de R$ 4,5 bilhões”, explica.
“Acreditamos que esse valor pode se aproximar mais da nossa estimativa, talvez para o ponto intermediário (~R$ 2,25 bilhões), assumindo que uma parte significativa desse capex será sinérgica com o plano de investimentos atual da companhia”.
Ainda assim, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (VIVT3), com preço-alvo de R$61,00 para o fim deste ano, com potencial de ganho de 14,04% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$53,49.
Já para a Genial, o resultado foi marginalmente negativo, “com uma receita líquida de R$ 14,6b no 4T24 (+7,7% a/a), levemente acima das nossas projeções e do consenso, impulsionada pelo crescimento da receita de serviços móveis (+7,0% a/a), devido ao desempenho do pós-pago, e pelo forte avanço dos serviços fixos (+8,0% a/a), com destaque para o FTTH”.
“Se excluirmos os efeitos dos não recorrentes o resultado foi marginalmente negativo, porém, não vemos esse resultado tendo impacto relevante em nossas estimativas”, acrescentaram os analistas Antônio Cozman, Kaique Rocha e Ygor Bastos, que assinam a publicação.
“Além disso o anúncio dos impactos da migração da concessão para autorização é positivo”.
Com isso, o trio seguiu com recomendação de “Compra” para suas ações (VIVT3), com preço-alvo de R$63,00, com potencial de ganho de 17,78%.