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Um olho nos EUA e outro no El NiƱo

Fabio Susteras by Fabio Susteras
2 anos ago
in Artigos
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CenƔrio Internacional

Enquanto os mercados estão precificando quase 1 ponto percentual de queda nos juros pelo Federal Reserve (Fed) em 2024, baseando-se em um cenÔrio de desaceleração do mercado de trabalho e da economia americana como um todo, torna-se difícil ignorar os riscos associados a essa aposta quando os preços da gasolina vêm caindo significativamente nos Estados Unidos. Isso pode proporcionar mais um fÓlego à resiliência atual dos gastos dos consumidores.

Em outras palavras, quanto o Fed ainda pode ter que enfrentar um consumo mais robustodo que inicialmente previsto neste momento de sua política monetÔria, especialmente quando as medidas de inflação subjacente estão desacelerando em um ritmo mais lento do que o desejÔvel?

Recentemente, por exemplo, no dia seguinte ao feriado de Thanksgiving, o preço médio do galão de gasolina nos EUA estava custando um pouco menos de US$ 3,26, registrando uma queda de quase 10% em apenas um mês. Esse foi o menor preço da gasolina desde o feriado de Ação de Graças de 2020. Além disso, o preço do diesel jÔ diminuiu mais de US$1 por galão ao longo do último ano.

Essas mudanças refletem diretamente a queda nos preços do petróleo. Desde o final de setembro, o preço do barril do petróleo Brent jÔ caiu quase 17%. Dado que combustíveis são itens de grande peso no orçamento das famílias americanas, é importante considerar o impacto que uma queda adicional nos preços da gasolina poderÔ ter nos gastos durante o tradicional e forte período de vendas no varejo das festas de fim de ano, como o Natal. Vale ressaltar que, em outubro, as vendas no varejo americano caíram 0,1% em relação a setembro, enquanto a previsão era de uma queda maior, de 0,3%.

O que chama a atenção Ć© que o “grupo de controle”, excluindo vendas de automóveis, material de construção, gasolina e serviƧos de alimentação, registrou um aumento de 0,2% em outubro. Apesar de uma desaceleração em relação Ć  alta revisada de 0,9% em setembro, o desempenho desse grupo foi melhor do que o indicador principal. O grupo de controle de vendas no varejo Ć© monitorado de perto, pois Ć© usado nos cĆ”lculos do PIB americano.

Não é surpreendente que haja grandes expectativas para os números finais das vendas durante a Black Friday nos EUA. Apenas na quinta-feira, dia de Thanksgiving, quando a maioria das lojas físicas estava fechada no país, as compras online dos consumidores americanos somaram US$ 5,6 bilhões, um aumento de 5,5% em comparação com o dia de Thanksgiving de 2022, segundo dados da Adobe Analytics. Assim, a queda nos preços de energia pode proporcionar um alívio adicional ao consumo nos EUA e, por conseguinte, ao desempenho da atividade econÓmica.

A precificação otimista do mercado em relação aos cortes de juros pelo Fed em 2024 estĆ”, de certa forma, negligenciando a possibilidade de que a atividade econĆ“mica dos EUA possa surpreender positivamente neste quarto trimestre. Tanto que o monitor do PIB do Fed de Atlanta (“Atlanta’s Fed GDP Now”) – referĆŖncia para economistas e investidores – foi revisado para cima, passando de uma taxa anualizada de crescimento de 2,0% para 2,1%.

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O El NiƱo tornou-se uma preocupação significativa nos mercados devido ao nosso potencial impacto na produção agrĆ­cola e nos preƧos – duas variĆ”veis que desempenharam papĆ©is cruciais na sólida performance econĆ“mica do Brasil em 2023. Duas questƵes importantes surgem: em primeiro lugar, devemos considerar a possibilidade de um cenĆ”rio de El NiƱo extremo? Em segundo lugar, em que medida o risco associado ao El NiƱo jĆ” estĆ” refletido nas nossas expectativas?

Esse fenÓmeno climÔtico tem a característica de alterar a distribuição de umidade e as temperaturas em vÔrias partes do planeta, especialmente na zona tropical. Isso pode resultar em secas no centro do continente americano e chuvas intensas em suas extremidades. No caso do Brasil, isso se traduz em seca nas regiões Norte e Nordeste e chuvas no Sul. Embora isso ocorra com certa frequência, excluindo anos de eventos extremos, não costumamos observar um impacto significativo do El Niño nos resultados do PIB agrícola brasileiro e/ou na inflação de alimentos, graças ao avanço tecnológico que triplicou a produtividade da terra desde a década de 80. Desde 1950, tivemos 27 eventos de El Niño, sendo apenas três extremos (1982/1983, 1997/1998 e 2015/2016).

A questão crucial é se estamos diante de um novo El Niño extremo. Atualmente, é prematuro determinar a intensidade desse efeito. A anÔlise topogrÔfica da superfície oceânica pelo Jet Propulsion Laboratory da NASA indica que os impactos do El Niño de 2023 devem ser predominantemente sentidos nos trópicos, mas seu efeito global pode não ser tão abrangente ou duradouro como em 1997 ou 2015. No entanto, os registros térmicos no Oceano Pacífico Equatorial aumentaram de 0,5°C acima da média em maio para 1,5°C acima da média em setembro, segundo relatório da Organização Meteorológica Mundial. Embora isso isoladamente não indique a iminência de um El Niño extremo nos trópicos, é forte o suficiente para alertar que a condição climÔtica deve ser considerada como um risco relevante nas nossas projeções para 2024.

O pico do efeito do El Niño geralmente ocorre entre novembro e janeiro, com os impactos econÓmicos se materializando ao longo do ano seguinte, especialmente no primeiro semestre. Para compreender a magnitude desse potencial efeito, é vÔlido recordar o caso de 2015/2016, o último El Niño extremo que afetou o Brasil. Isso resultou em uma queda de produtividade agrícola de -11%, com quebra na produção total de grãos de -10%. Com isso, o PIB AgropecuÔrio em 2016 registrou uma contração histórica de -5,2%, e a inflação de alimentos aumentou 6 pontos percentuais entre setembro de 2015 e outubro de 2016. Nem as expectativas de inflação nem as projeções de produção parecem, em nossos níveis atuais, incorporar um El Niño extremo.

O primeiro prognóstico do levantamento da produção nacional de grĆ£os, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2024 aponta para uma queda de 2,8% na produção de grĆ£os, com destaque para a produção de feijĆ£o, milho e soja. Vale ressaltar que essa queda projetada ocorreria após a supersafra de 2023, tornando o nĆŗmero aparentemente modesto e ainda menos negativo quando considerado que parte de uma base particularmente alta. O mesmo pode ser observado em relação ao prognóstico de produção por regiĆ£o: o levantamento aponta crescimento de 41,2% na produção no Rio Grande do Sul e queda de 9,6% no ParanĆ”, regiĆ£o afetada pelo El NiƱo com chuvas abundantes, assim como -6,2% no PiauĆ­, -2,9% na Bahia e -0,9% no MaranhĆ£o – a nova fronteira agrĆ­cola conhecida como MATOPIBA, onde o efeito Ć© de seca intensa.

Apesar do prognóstico otimista, a realidade estÔ se revelando menos otimista. A primeira safra no sul do país, de trigo, estÔ atrasada devido às chuvas, afetando o plantio subsequente de soja e milho. A região Centro-Oeste também indica atrasos no plantio dessas culturas.

Quanto às expectativas de inflação, dados da pesquisa realizada pelo Banco Central às vésperas da reunião de política monetÔria de 1º de novembro sugerem que o consenso para a inflação de 2024 em 3,91% não parece incorporar um El Niño extremo. A mediana das estimativas fornecidas pelos noventa analistas consultados aponta para um efeito potencial de 60 pontos-base sobre a inflação de 2024, dos quais apenas 15 pontos estariam incorporados em suas projeções para o ano. Vale notar que as respostas refletem uma grande incerteza sobre os impactos do El Niño, com as estimativas oscilando entre 42 e 100 pontos.

O nosso cenĆ”rio base reflete um caso moderado de El NiƱo, mas diante do risco, Ć© vĆ”lido considerar o cenĆ”rio de 2024 em um caso extremo. Assumindo um efeito tĆ£o forte quanto o de 2016, a queda na produção agrĆ­cola poderia retirar 0,4 ponto percentual do crescimento do PIB, enquanto o aumento nos preƧos de alimentos essenciais como feijĆ£o, soja e milho adicionaria diretamente 0,7 ponto percentual ao IPCA – com possĆ­veis efeitos de segunda ordem nos preƧos de serviƧos, por exemplo.

Com base no consenso atual da pesquisa Focus, tais efeitos levariam o crescimento do PIB para cerca de 1% – uma desaceleração significativa em relação aos 2,8% estimados para 2023 – enquanto a inflação poderia ultrapassar o intervalo de tolerĆ¢ncia da meta de inflação (3%, com tolerĆ¢ncia de 1,5% a 4,5%). Mesmo que o aumento da inflação devido a um choque de oferta nĆ£o seja respondido com polĆ­tica monetĆ”ria, Ć© razoĆ”vel supor que a materialização de um El NiƱo extremo teria o potencial de afetar adversamente as perspectivas econĆ“micas, atrasando possivelmente o processo de normalização dos juros.

Tags: Carta Mensal
Fabio Susteras

Fabio Susteras

Com 27 anos de experiência no mercado financeiro, Fabio soma passagens por diversas instituições financeiras nacionais e internacionais como ABN AMRO, Royal Bank of Canada e Banco Votorantim. Hoje é sócio e estrategista-chefe da SPCAP Investimentos e possui certificação Certified Financial Planner (CFP®) e Certificado de Gestor Anbima (CGA - Anbima).

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