Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a quinta-feira (2) de forma mista, em dia marcado pelo primeiro pregão do ano de 2025 e agenda com diversos indicadores de atividade.
Pela manhã, na Ásia e na região do Pacífico, o dia foi de queda, com os investidores repercutindo o recuo do PMI Industrial Caixin da China em Dezembro.
O índice de atividade do setor registrou queda de 1 ponto, para 50,5, ante expectativa de leve alta, para 51,6.
Na Europa, os PMIs industriais da Zona do Euro e do Reino Unido registraram desempenho abaixo do projetado pelas leituras preliminares em Dezembro, o que fortaleceu a perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) podem cortar juros em breve, o que ocasionou uma alta generalizada entre os principais índices do continente.
Já em Wall Street, a desaceleração dos pedidos por seguro-desemprego desta semana, que passaram de 220 mil para 211 mil, alimentam a perspectiva de que o Federal Reserve (FED) terá dificuldades para cortar os juros norte-americanos este ano, levando a uma nova sessão de queda dos três principais índices do país.
🇺🇸 Dow Jones: 42.392,95 (-0,36%)
🇺🇸 S&P VIX: 17,92 (+3,29%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Treasuries fecham estáveis e curva de juros brasileira recua
No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos estáveis e sem viés definido, com os investidores ponderando as perspectivas para a política monetária norte-americana neste ano.
Já por aqui, os contratos de juros futuros fecharam o dia em queda sólida ao longo de toda a curva, devolvendo boa parte dos prêmios conquistados em Dezembro, com o noticiário político e a queda no PMI Industrial do país em Dezembro, que passou de 49,7 pontos para 49,4.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,167% (+0,26%)
2 anos: 4,250% (-0,05%)
5 anos 4,378% (-0,30%)
10 anos: 4,567% (-0,22%)
30 anos: 4,793% (+0,21%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/26: 15,145% (-1,46%)
Janeiro/27: 15,610% (-1,76%)
Janeiro/29: 15,385% (-2,04%)
Janeiro/31: 15,060% (-2,33%)
Janeiro/33: 14,810% (-2,18%)
Dólar cai, na contramão do mundo
O dólar engatou mais uma sessão de queda nesta quinta, na contramão do resto do mundo.
Lá fora, a moeda norte-americana registrou forte avanço, principalmente diante do euro e da libra, com o mercado prevendo que o diferencial de juros entre os Estados Unidos e a Europa deve diminuir nos próximos meses.
Com isso, o Índice Dólar superou os 109 pontos, maior patamar já registrado desde Outubro de 2022.
Commodities sobem
As commodities fecharam o dia em alta nesta quinta, com destaque para o novo avanço do minério de ferro em Dalian, com os investidores à espera dos estímulos fiscais e monetários prometidos pela China para este ano.
🌎 Com. Ind.: 99,6066 (+0,86%)
🪨 Min Ferro: US$107,13 (+0,64%)
🛢️ WTI: US$73,13 (+1,97%)
🛢️ Brent: US$75,93 (+1,73%)
🥇 Ouro: US$2.669,00 (+1,06%)
🥈 Prata: US$29,980 (+2,52%)
Ibovespa cai
Por aqui, o Ibovespa fechou o dia em queda, apesar de conseguir manter os 120 mil pontos.
O dia foi negativo, também, para todos os setores da bolsa de valores brasileira, com destaque para o setor elétrico (IEEX).
🇧🇷 Ibovespa: 120.125,39 (-0,13%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 121.345 (-0,25%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.412,13 (-0,80%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 753,43 (-0,66%)
💡 Elétrico (IEEX): 76.323,06 (-1,46%)
🏭 Industrial (INDX): 25.975,17 (-0,06%)
💰 Financeiro (IFNC): 11.804,88 (-0,21%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.484,11 (-0,78%)
Petrobras sobe com o petróleo e Vale cai
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia novamente em alta, puxadas pelo sólido avanço do petróleo no mercado internacional.
Por outro lado, os papéis da Vale (VALE3) encerraram o dia novamente em baixa, apesar do avanço do minério de ferro em Dalian, na China.
Vale (VALE3): R$54,25 (-0,55%)
CVC dispara mais de 8% e Eneva cai mais de 9%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da CVC (CVCB3), que dispararam mais de 8% com o alívio na curva de juros brasileira.
Completam o trio os papéis da IRB (Re) (IRBR3), que subiram quase 5%, recuperando a perda da última sessão, e da Braskem (BRKM5), que registraram alta de mais de 3%.
Na ponta contrária, os papéis da Eneva (ENEV3) despencaram mais de 9%, seguidos pelos da Minerva (BEEF3), que caíram mais de 5%, e da CSN (CSNA3), que recuaram quase 5%.