Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a segunda-feira (2) majoritariamente positivos lá fora, em sessão marcada por agenda praticamente vazia de dados relevantes.
O destaque ficou para os PMIs industriais das principais economias globais, que foram divulgados desde sexta-feira.
Na China, os dois índices mais famosos do setor registraram desempenho acima do esperado e ficaram acima dos 50 pontos, indicando que a indústria do país segue em expansão em Novembro.
O resultado agradou aos especialistas, que projetam que as medidas de incentivo à demanda interna do país podem estar surtindo efeito, ainda que tardio.
No Japão e na Europa, como um todo, o resultado foi contrário, com os PMIs da indústria apresentando desempenho abaixo do esperado.
Os resultados foram vistos como um forte indicativo de que, no caso do Japão, o banco central do país deve esperar mais para voltar a subir a taxa de juros, enquanto que, no caso das principais economias europeias, mantém-se aberta a possibilidade do Banco Central Europeu (BCE) anunciar uma redução de maior intensidade nos juros do bloco em Dezembro.
Nos Estados Unidos, o PMI Industriam avançou 1,2 ponto, para 49,7, enquanto o PMI Industrial ISM registrou alta de 1,9 ponto, para 48,4, em Novembro. Ambos os resultados foram superior ao projetado pelos especialistas, apesar de permanecerem indicando uma retração do setor.
Com isso, o dia foi misto em Wall Street, com o Nasdaq e o S&P 500 avançando, enquanto o Dow Jones fechou em queda.
🇺🇸 Dow Jones: 44.782,00 (-0,29%)
🇺🇸 S&P VIX: 13,51 (-2,81%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Treasuries fecham estáveis e curva de juros brasileira sobe
Os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos fecharam o dia rondando a estabilidade e sem viés definido, enquanto os investidores aguardam dados do mercado de trabalho do país, que começarão a ser divulgados à partir de amanhã.
Por aqui, a redução no bloqueio do Orçamento do governo duas semanas depois do seu anúncio pegou o mercado de surpresa e elevou ainda mais os receios dos investidores com a situação fiscal do país, puxando os contratos de juros futuros de longo prazo, enquanto os de curto e médio prazos fecharam em leve queda.
No Focus desta semana, o mercado segue projetando uma inflação cada vez mais alta para este ano e o ano que vem. As estimativas apontam que o IPCA deve encerrar 2024 a 4,71%, enquanto que, em 2025, ele deve atingir 4,40%.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,303% (0,00%)
2 anos: 4,182% (+0,18%)
5 anos 4,087% (+0,26%)
10 anos: 4,191% (0,00%)
30 anos: 4,358% (-0,39%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/25: 11,658% (-0,03%)
Janeiro/26: 13,880% (-0,07%)
Janeiro/28: 14,000% (+0,65%)
Janeiro/30: 13,770% (+0,51%)
Janeiro/33: 13,540% (+0,59%)
Dólar sobe com exterior e fiscal
O dólar subiu mais de 1% perante o real nesta segunda-feira, superando os R$6,06 e renovando sua máxima de fechamento.
O movimento foi ocasionado tanto pela elevação dos receios com a situação fiscal do país quanto pelo avanço da moeda norte-ameriana lá fora, com o Índice Dólar voltando a superar os 106 pontos.
Commodities fecham mistas
As commodities fecharam o dia de forma mista.
Destaque para o minério de ferro, que engatou mais um dia positivo, repercutindo os PMIs da indústria chinesa.
🌎 Com. Ind.: 97,0381 (-1,12%)
🪨 Min Ferro: US$110,82 (+1,25%)
🛢️ WTI: US$68,10 (+0,15%)
🛢️ Brent: US$71,83 (-0,01%)
🥇 Ouro: US$2.634,90 (-0,83%)
🥈 Prata: US$30,970 (-0,44%)
Ibovespa cai, mas mantém os 125 mil pontos
O Ibovespa encerrou o dia em queda, na contramão do resto do mundo, repercutindo os receios com a situação fiscal do país.
Dentre os setores da bolsa de valores brasileira, o dia foi misto, com destaque para a nova queda sólida do imobiliário (IMOB).
🇧🇷 Ibovespa: 125.235,54 (-0,34%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 125.600 (-0,36%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.633,64 (+0,43%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 823,93 (-1,61%)
💡 Elétrico (IEEX): 80.993,08 (-1,32%)
🏭 Industrial (INDX): 27.168,13 (+0,55%)
💰 Financeiro (IFNC): 11.969,25 (-0,85%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.890,65 (+0,28%)
Petrobras e Vale sobem novamente
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3) engataram mais uma sessão positiva.
No caso da petrolífera, a recuperação do barril de petróleo ao longo da sessão ajudou a respaldar o avanço de suas ações, assim como o minério de ferro sustentou a alta dos papéis da mineradora.
Vale (VALE3): R$58,92 (+0,24%)
Ambev sobe mais de 4% e Azul despenca mais de 8%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Ambev (ABEV3), que avançaram mais de 4% na sessão, seguidas pelas da SLC Agrícola (SLCE3) e da Minerva (BEEF3), que registraram alta de mais de 3% e 2%, respectivamente.
Na ponta contrária, os papéis da Azul (AZUL4) despencaram quase 8%, pressionados pelo avanço do dólar.
Completam o trio as ações da Raízen (RAIZ4) e da LWSA (LWSA3), que recuaram mais de 4% cada.