Mercados caem e treasuries sobem; Ibovespa recua

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a quinta-feira (3) majoritariamente no negativo, com os investidores cautelosos com a expectativa pela retaliação israelense ao recente ataque realizado pelo Irã.

Na agenda, destaque para os PMIs de serviços das principais economias europeias e dos Estados Unidos, que apresentaram desempenho melhor que o esperado em Setembro.

O índice de atividade do setor da Zona do Euro recuou 1,5 ponto, para 51,4, enquanto que, no Reino Unido, ele recuou 1,3 ponto, para 52,4, abaixo dos 52,8 estimados pelos especialistas.

Os resultados acabaram pesando nos índices do continente, que fecharam majoritariamente no negativo.

Já nos Estados Unidos, o PMI de Serviços recuou 0,5 ponto, para 55,2, levemente abaixo dos 55,4 pontos projetados, enquanto o PMI ISM Não-Manufatura avançou 3,4 pontos, para 54,9, bem acima da alta de 0,2 ponto estimada.

Com isso, as apostas de que o Federal Reserve (FED) deve anunciar um corte mínimo em sua próxima reunião de política monetária ganharam força, pressionando os três principais índices do país.

Ainda pela manhã, os mercados da Ásia e da região do Pacífico fecharam o dia de forma mista, com destaque para o avanço sólido do japonês Nikkei 225, com a perspectiva de uma moeda local mais fraca e de que os juros do país não devem subir no curto prazo.

🌎 Estados Unidos:

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Com Treasuries e fiscal, curva de juros brasileira sobe

As rentabilidades dos títulos públicos dos Estados Unidos subiram novamente nesta quinta-feira, puxadas pelo aumento nas apostas de um corte mínimo na taxa de juros norte-americana em Novembro.

O movimento acabou influenciando os contratos de juros futuros, que foram puxados, também, pelos questionamentos do mercado à situação fiscal do país e à elevação da nota de crédito brasileira por parte da Moody’s.

Hoje, um analista da Standard&Poor’s afirmou ao Valor que não vê possibilidade da agência alterar o rating soberano do Brasil, alimentando ainda mais esse debate.

Dólar sobe, acompanhando o resto do mundo

O dólar fechou em alta perante o real, acompanhando o movimento da moeda norte-americana lá fora.

No pior momento para a moeda brasileira na sessão, o dólar chegou a superar os R$5,51, mas acabou perdendo forças do meio para o final da tarde.

Commodities sobem; Petróleo dispara

As commodities fecharam o dia em alta nesta quinta, com os investidores de olho no Oriente Médio.

O ouro e a prata avançaram, com o mercado cauteloso, em busca de proteção.

O destaque, porém, ficou para o barril de petróleo, que disparou mais de 5%, puxado por rumores de que Israel poderia atacar pontos de produção da commodity no Irã, em retaliação ao ataque de dois dias atrás.

Ibovespa cai, acompanhando exterior

Acompanhando o movimento visto lá fora, o Ibovespa encerrou o dia em queda nesta quinta.

Ainda assim, o recuo foi intensificado pelos questionamentos do mercado à situação fiscal do país e à recente elevação da nota de crédito brasileira por parte da Moody’s.

Todos os setores da bolsa de valores brasileira recuaram, com destaque para aqueles voltados à economia interna, que foram pressionados pela alta da curva de juros do país.

Petrobras sobe e Vale cai

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em alta novamente nesta quinta, puxadas pela disparada do barril de petróleo no mercado internacional.

Por outro lado, os papéis da Vale (VALE3) tiveram dia de correção, recuando quase 2%.

Apenas 9 ações sobem e Assaí cai quase 6%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, apenas nove delas registraram resultado positivo na sessão.

O destaque ficou para as da Natura (NTCO3), que avançaram mais de 2%, seguidas pelas da PetroReconcavo (RECV3) e da Yduqs (YDUQ3), que subiram mais de 1% cada.

Na ponta contrária, os papéis da Assaí (ASAI3) fecharam em queda de mais de 5%, seguidos pelos da Azul (AZUL4), pressionados pelo avanço do barril de petróleo e do dólar, e do Carrefour (CRFB3), pressionados pelo relatório publicado ontem pela XP, que prevê um terceiro trimestre fraco para a companhia.