Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a terça-feira (2) majoritariamente positivos lá fora de novo, em sessão marcada por dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
O relatório de Oferta de Empregos JOLTs referente a Outubro indicou criação de vaga acima do esperado, o que, de forma geral, confirma a perspectiva de um mercado de trabalho e uma e economia resilientes e mantém o plano de voo projetado para a política monetária do país.
Apesar disso, mais uma vez o dia foi misto em Wall Street, com o Nasdaq e o S&P 500 subindo, enquanto o Dow Jones caiu.
Na Europa, os principais mercados do continente fecharam novamente em alta, ainda de olho na crise política da França.
Hoje, o presidente Emmanuel Macron afirmou que, em caso de derrota do primeiro ministro do país em um voto de desconfiança do parlamento, ele não pretende renunciar, o que aliviou a insegurança dos investidores.
O destaque na região, porém, ficou para o alemão DAX, que superou os 20 mil pontos.
Mais cedo, na Ásia e na região do Pacífico, mais uma vez o dia foi positivo, apesar da crise política instaurada na Coreia do Sul desde meados da noite de ontem aqui no Brasil.
No começo da tarde, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, decretou Lei Marcial no país para combater parlamentares da oposição, classificados por ele como “pró Coréia do Norte”, mas voltou atrás no fim da tarde, suspendendo seu próprio decreto de horas antes, depois que o parlamento votou pela sua não aprovação.
🇺🇸 Dow Jones: 44.705,53 (-0,17%)
🇺🇸 S&P VIX: 13,31 (-0,22%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Treasuries fecham mistas e curva de juros brasileira sobe
Os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos fecharam o dia de forma mista, com os vencimentos de curto prazo caindo, com o aumento nas apostas de que o FED deve cortar os juros do país no encontro de Dezembro, enquanto os de médio e longo prazos subiram, com a perspectiva de que as tarifas que o presidente eleito dos Estados Unidos têm prometido podem fomentar a inflação.
Por aqui, os contratos de juros futuros fecharam em alta ao longo de toda a curva, puxados pelo forte resultado da economia brasileira no terceiro trimestre do ano, tendo crescido 0,9% no comparativo trimestral e 4,0% no comparativo anual.
Alguns especialistas já argumentam que a necessidade de aceleração no ritmo de alta da Selic pode fazer com que o Comitê de Política Monetária (Copom) suba os juros em 100 pontos-base (1,00 ponto percentual) e não em 75 pontos-base (0,75 ponto percentual), como passou a ser projetado ontem.
Ainda assim, os ganhos da curva de juros brasileira perdeu forças depois que o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou projetar que o déficit público deste ano deve ser “mais para 0,2% do PIB do que para 0,25%”, o que é melhor do que a parcela mais pessimista do mercado projeta.
Em Outubro, o país registrou superávit de R$40,811 bilhões, levemente abaixo dos R$41,350 bilhões estimados.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,273% (-1,00%)
2 anos: 4,177% (-0,49%)
5 anos 4,111% (+0,44%)
10 anos: 4,235% (+1,00%)
30 anos: 4,409% (+1,17%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/25: 11,692% (+0,29%)
Janeiro/26: 13,995% (+0,83%)
Janeiro/28: 14,215% (+1,54%)
Janeiro/30: 14,010% (+1,74%)
Janeiro/33: 13,770% (+1,70%)
Dólar cai, em dia misto lá fora
O dólar encerrou sua recente sequência de ganhos sólidos e de renovações de máxima histórica, fechando em leve queda perante o real, pressionado pelo exterior e pela fala de Ceron.
Commodities sobem
As commodities fecharam o dia em alta, puxadas pelo cenário geopolítico, com as notícias de que o cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel deve fracassar e de novos conflitos acontecendo em território sírio.
O petróleo avançou mais de 2%, puxado, também, pela expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) deve adiar o plano de retomar a produção da commodity.
🌎 Com. Ind.: 97,4836 (+0,46%)
🪨 Min Ferro: US$111,71 (+1,49%)
🛢️ WTI: US$69,94 (+2,70%)
🛢️ Brent: US$73,62 (+2,49%)
🥇 Ouro: US$2.667,90 (+0,35%)
🥈 Prata: US$31,530 (+2,16%)
Ibovespa sobe e retoma os 126 mil pontos
O Ibovespa fechou o dia em alta, puxado pelo crescimento surpreendente do Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre do ano.
Dentre os setores da bolsa de valores brasileira o dia também foi positivo, com exceção para o imobiliário (IMOB), que engatou mais um dia de queda.
🇧🇷 Ibovespa: 126.139,20 (+0,72%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 126.315 (+0,57%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.671,35 (+1,43%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 819,50 (-0,54%)
💡 Elétrico (IEEX): 81.067,25 (+0,09%)
🏭 Industrial (INDX): 27.557,34 (+1,43%)
💰 Financeiro (IFNC): 12.093,68 (+1,04%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.931,50 (+0,69%)
Petrobras sobe e Vale cai
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam mais uma sessão positiva, puxadas pelo avanço do barril de petróleo no mercado internacional.
Por outro lado, os papéis da Vale (VALE3) recuaram, apesar da alta do minério de ferro em Dalian, pressionados pelo seu rebaixamento para “Neutro”, anunciado pela XP.
Vale (VALE3): R$58,47 (-0,76%)
Brava dispara mais de 9% e Petz cai mais de 4%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Brava (BRAV3), que dispararam mais de 9%, puxadas pelo avanço do barril de petróleo no mercado internacional.
Completam o trio os papéis da Ambev (ABEV3) e da BRF (BRFS3), que subiram mais de 4% cada.
Na ponta contrária, o destaque ficou para a Petz (PETZ3) que fechou em queda de mais de 4%, seguidas pelas ações da Embraer (EMBR3) e da Eztec (EZTC3), que recuaram mais de 2% cada.